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Vagas abertas no Linkedin da Red Bull
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Coordenadora de política do O POVO. Jornalista formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e amante de carros em alta velocidades em pistas

Vagas abertas no Linkedin da Red Bull

Equipe que liderava campeonatos vai precisar se mexer para conseguir voltar ao topo. E a frase não se aplica apenas à Red Bull
Carro de Max Verstappen, piloto da Red Bull. Embora ainda consiga tirar algumas boas voltas, os desafios são muitos  (Foto: Andrej ISAKOVIC / AFP)
Foto: Andrej ISAKOVIC / AFP Carro de Max Verstappen, piloto da Red Bull. Embora ainda consiga tirar algumas boas voltas, os desafios são muitos

Uma variedade de cargos no ramo da engenharia, especialistas em dados, desenvolvedores na área de aerodinâmica, e a lista continua. É o que é possível na lista de mais de 60 vagas disponíveis pela Red Bull Racing & Red Bull Technology no Linkedin. Não que a equipe vá preencher todos os espaços abertos com pessoas que se candidataram por lá, já que postos muitas vezes são de nomes “roubados” de outros times, mas o alto número é um sintoma estrutural da dificuldade que a equipe vem passando.

Antes mesmo das férias do meio do ano, Christian Horner foi demitido. Foi o encerramento de 20 anos da liderança dele na Fórmula 1. Ele chegou ao time em 2005, e atravessou dois períodos de sucesso histórico, com oito títulos de pilotos e seis de construtores. Na bagagem, diversas vitórias e pódios. Talvez a palavra certa seja irônica, já que o afastamento veio pela briga interna dentro da direção da Red Bull, e não pelas acusações de assédio de que foi alvo.

Não que fosse público, mas escondido não era que Horner estava de um lado da balança na Red Bull, enquanto Jos Verstappen, pai de Max Verstappen, e Helmut Marko, consultor do time, estavam em outro. Apesar do título de Verstappen (filho), o ressurgimento da McLaren em 2024 e as constantes trocas do segundo piloto da equipe principal, que vieram acompanhadas obviamente de péssimos resultados, só serviram para derreter ainda mais a imagem de Horner internamente. Na conta, ainda os boatos de que Verstappen (filho) poderia deixar a equipe só pesaram.

“Essa decisão foi resultado de vários fatores. Mas, principalmente, o fato de o desempenho não estar ao nível esperado”, disse Marko à Sky Alemanha, alguns dias depois da demissão de Horner. Se existe o ditado, quem procura acha, imagina se os motivos se acumulam.

A Fórmula 1, como a vida, é de ciclos. Um dia se ganha, outro dia se perde. Dominâncias vêm e vão. Mas é preciso pavimentar o caminho, seja para manter o que se tem ou voltar ao topo. Além de preencher as vagas do Linkedin, a Red Bull tem o desafio de se reestruturar sem seu principal projetista, Adrian Newey, agora parte da Aston Martin. E agora, com o novo chefe de equipe que precisará lidar com os problemas que assombram da garagem da Red Bull: a falta de um segundo piloto confiável.

Foto do Júlia Duarte

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