
Coordenadora de política do O POVO. Jornalista formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e amante de carros em alta velocidades em pistas
Coordenadora de política do O POVO. Jornalista formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e amante de carros em alta velocidades em pistas
A vida imita a arte, mas só até certo ponto, importante lembrar. Tal qual no filme "Fórmula 1", lançado neste ano — fica aqui a indicação —, o grid da categoria principal terá uma 11ª equipe. Um retorno, na verdade, já que, desde 2016, a F1 vinha mantendo o formato com 10 escuderias. Mas, diferentemente do filme (isso não é um spoiler), não há espaços para riscos muito além da conta.
A jornada já é complicada. A Cadillac, apesar do aporte milionário que se propôs a fazer, ainda que não seja lá inexperiente, sendo um braço da General Motors, maior fabricante de automóveis dos Estados Unidos, chega justamente em uma mudança de regulamento. A equipe será operada em parceria com a TWG Motorsports, que também já gerencia a Andretti, figura em outras categorias automobilísticas.
Mas as grandes mudanças de regulamento que 2026 trará, vêm, há tempos, sendo tratadas internamente com as equipes que já estão no grid. Pode parecer mais lógico que começar do "zero" seria mais fácil, mas, por exemplo, a equipe prepara um teste com um modelo antigo da Ferrari. Então, enquanto as equipes já pensam, efetivamente, em 2026, a Cadillac estuda ainda o passado para projetar o futuro da equipe. O grupo aponta que não quer ser equipe de fundo do grid, mas entre querer e conseguir leva tempo.
A equipe anunciou Valtteri Bottas e Sergio Perez como seus pilotos, após negociações em que se ventilavam também o nome do brasileiro Felipe Drugovich. Mick Schumacher também tinha o nome comentado. No fim, foi uma escolha segura, com dois pilotos experientes. Eles contam com algo que os jovens não poderiam oferecer: sugestões. Testar e apontar o que pode ser melhorado.
E pode-se pensar: "Mas a Sauber deu uma chance a Gabriel Bortoleto". Que bom, mas os cenários eram diferentes. Os dois brasileiros são diferentes. Bortoleto subiu de categoria em uma astronômica ascensão, vencendo a Fórmula 3 e, no seguinte ano seguinte, a Fórmula 2, assim como outros nomes atuais da categoria como George Russell e Oscar Piastri.
Não houve respiro. E, embora Drugovich, seja piloto reserva, a F1 já teve diversas danças das cadeiras desde que ele ganhou a Fórmula 2, e, mesmo assim, ele seguiu sem assumir. A "geladeira", com o tempo de inatividade e sem a força de marcar espaço e assumir algo além de treinos livres, só afasta a possibilidade de outro brasileiro no grid.
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