
Coordenadora de política do O POVO. Jornalista formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e amante de carros em alta velocidades em pistas
Coordenadora de política do O POVO. Jornalista formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e amante de carros em alta velocidades em pistas
Que atuação desastrosa da McLaren no Azerbaijão. Bom para Max Verstappen e para a disputa, que fica mais próxima de de fato existir. A diferença, que só parecia aumentar com a presença constante de Oscar Piastri e Lando Norris em pódios, vem diminuindo com o passar de cada etapa e, agora, 69 pontos separam o holandês do australiano, líder do campeonato.
Com sete etapas ainda por acontecer (Singapura, Estados Unidos + Sprint, México, Brasil +Sprint, Las Vegas, Catar + Sprint e Abu Dhabi), são 199 pontos ainda em disputa. Em um cenário de, pelo menos, estabilidade de Piastri e Norris, é, claro, improvável que Verstappen consiga abater todos esses pontos, com a McLaren fazendo apenas o que o próprio holandês fez ano passado: administração de pontos.
Mesmo com o jejum de vitórias, a estabilidade garantiu que o desempenho superior da McLaren não tirasse o título. Talvez um novo abandono de Piastri não volte a acontecer. Talvez. Mas o australiano errou e bateu na classificação e, depois, sozinho, errou de novo e bateu na primeira volta da corrida. A esperança era que Norris aproveitasse os erros do companheiro de equipe e concorrente direto ao título: classificou-se em sétimo, fez uma corrida bem das medianas e terminou exatamente na mesma posição que começou. Conseguiu tirar uma vantagem mínima de Piastri e ainda viu Verstappen levar a segunda vitória seguida.
No que parece ser um jogo de "batata quente" entre Norris e Piastri, a Red Bull parece interessada em participar da brincadeira. Trouxe um novo assoalho em Monza, mudou a asa. O foco mais óbvio da equipe é reverter a diferença no Campeonato de Construtores, já que é a quarta colocada. O primeiro lugar é da McLaren, sem chances de perder com mais de 600 pontos de vantagem. Só que apenas 20 pontos estão separando a equipe da Mercedes, a segunda colocada. O orçamento é ponto sensível para as equipes, quanto mais para cima ficarem, melhor, em uma disputa que envolve milhões.
Mas quem não gostaria de ver ser piloto principal ganhar mais um título? Em seu favor, Verstappen tem, além da experiência de errar menos e extrair o melhor do carro, o foco total de sua equipe, coisa que na McLaren não existe pelas “papaya rules”, que prioriza o time.
Em um cenário perfeito para o holandês: três vitórias (25 pontos cada) e Piastri fora da zona de pontuação e Norris pontuando pouco. Proporções sejam dadas, mas a F1 já viu diferenças serem abatidas. Em 2012, Sebastian Vettel tinha uma desvantagem de 39 pontos para Fernando Alonso em cerca de dois terços da temporada. Também faltavam sete corridas para o fim. Por erros dos adversários e vitórias concisas, levou seu terceiro título mundial. Ou seja, a Red Bull quer apenas repetir o próprio feito.
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