Coordenadora de política do O POVO. Jornalista formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e amante de carros em alta velocidades em pistas
Coordenadora de política do O POVO. Jornalista formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e amante de carros em alta velocidades em pistas
Em uma comédia romântica muito popular lançada em 2003, a jornalista Andie está em uma missão: com os passos certos mostrar que é possível perder um homem em 10 dias. Parece que a McLaren tomou para si o desafio e quer mostrar como ver o título de pilotos escorrer de suas mãos. Pelas falas dos cabeças do time, o objetivo, desde o começo, era ganhar o título de construtores. Conseguiram com folga, mas é estranho a equipe não mostrar a garra de lutar para que um de seus atletas entre na galeria dos vencedores.
Andrea Stella confirmou que a equipe não irá mais trazer pacotes de atualizações ou peças novas até o fim da temporada. A confiança fica no ritmo do carro. Enquanto isso, a grama do vizinho, a Red Bull parece ser acreditar no que antes parecia impossível.
Em quatro corridas, Max Verstappen tirou 64 pontos de Oscar Piastri. Claro, é mais mérito da Red Bull e do holandês. A equipe conseguiu, em pouco tempo, se virar com a saída do chefe de equipe e imprimiu atualizações que funcionaram. E uma diferença que era de mais de 100 pontos na Holanda, caiu para 40. Além do combo entre equipe-piloto-carro, a sorte, ou a falta dela, fez diferença. Na corrida de cálculos, ninguém colocava Norris e Piastri fora da Sprint na primeira curva nos Estados Unidos, nem o ritmo do australiano, apenas quinto na corrida regular.
A contagem, antes, era a atuação perfeita da dupla Verstappen-RedBull, com segundos e terceiros lugares para a dupla da McLaren, e resultados de quarto ou quinto em duas etapas. Agora, Verstappen ainda precisa chegar na perfeição e torcer para segundos lugares e uma terceira posição para Piastri, sendo uma vitória da McLaren quase a assinatura de busca por um milagre.
Não que gabaritar cinco corridas e duas Sprints não seja quase isso. É bem provável que Vestappen não leve, sendo um dos pilotos da McLaren a levantar a taça. O ponto talvez nem seja esse. Mas que, em um cenário que parecia tão confortável e “fácil”, a equipe inglesa empilhou erros que fizeram ressurgir a possibilidade de um ganhador que não fosse seus pilotos.
A equipe, claro, ainda está aprendendo a ganhar. Levou o bi de Construtores, mas o hiato ainda segue: não vê um piloto seu ser campeão há 17 anos, desde Lewis Hamilton. Interessante que, para ganhar seus outros seis títulos, Hamilton mudou de equipe e conseguiu o feito com a Mercedes. A equipe ganhar é importante, são milhões para orçamento, mas um piloto ganhar, é carimbar o nome em um espaço diferente.
Poucos lembram o grid completo em determinado ano, mas, por mais xoxa e capenga que tenha sido a temporada, o vencedor sempre brilha. E não buscar isso, esse espaço, talvez é o que não entre na cabeça dos torcedores da F1. E não só a equipe não parecer desejosa por isso, mas os pilotos em si, não relutarem em trocas de posição ou cobrarem melhoras, tudo por uma “paz interna do time”. Aí que não entra mesmo na cabeça.
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