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Jornalismo de serviço cada vez mais necessário
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Juliana Matos Brito é formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Trabalha no O POVO há 20 anos. Atuou como repórter e editora do núcleo Cotidiano, que reunia as áreas de Ceará, Fortaleza, Ciência & Saúde e Esportes. Também foi editora de Audiência e Convergência do Grupo de Comunicação O POVO e editora-executiva do Digital e da editoria de Cidades. Tem especialização em Jornalismo Científico e é mestranda em Ciências da Informação, ambos pela UFC.

Jornalismo de serviço cada vez mais necessário

Além de noticiar fatos, o jornalismo tem como uma de suas funções prestar serviços de utilidade pública. São informações úteis, práticas e de fácil entendimento disponibilizadas ao leitor. Essas informações dão ao cidadão possibilidade mais rápida de ação/reação. Isso, além de mostrar comprometimento, aproxima o leitor do veículo de comunicação. Em tempos de fakenews, é no jornalismo de qualidade que se pode encontrar a informação certa para a conduta correta em determinados casos.

Na semana que passou, com a decisão do Governo do Ceará de decretar lockdown em Fortaleza, O POVO tomou duas decisões que, a meu ver, foram acertadas. A primeira foi de chamar a situação de lockdown mesmo. O Governo do Estado, durante a live de apresentação das novas medidas, insistiu em chamar de "isolamento rígido". Escolher a forma mais direta e clara é também melhor informar. Não causar confusão e ir direto ao assunto. Com o novo decreto, Fortaleza entrou sim em lockdown (confinamento, em inglês), nível de isolamento que impede a circulação de pessoas e abertura de comércios.

O segundo acerto, em minha opinião, foi de publicar diversas matérias de serviço com detalhamentos sobre o novo decreto. Em momentos como este, há muitas dúvidas sobre o que podemos ou não fazer. E muitos boatos. Por isso, o mais certo foi produzir com agilidade uma série de notícias para informar sobre o que poderia e o que não poderia ser feito no período do confinamento. Já na quarta-feira à noite, as informações começaram a ser publicadas. Uma sessão do portal ganhou o título de "Lockdown em Fortaleza" e reuniu o maior número de matérias de serviço sobre o tema.

Academias, delivery, aulas, barracas de praia, bancos, o que pode parar, o que não pode parar, o que não precisa fechar, restaurantes, hotéis, shoppings, padarias, postos de combustíveis, transportes, o decreto na íntegra. Cada área foi detalhada para que o leitor tivesse acesso às informações. As redes sociais atuaram em parceria com o portal para ir divulgando as notícias.

Além disso, importante também cobrar atuação do poder público. Mostrar o que tem sido feito com o dinheiro e cobrar as responsabilidades dos políticos eleitos de uma forma geral. Como na edição da última sexta-feira, com oito páginas destinadas a uma reportagem sobre o lockdown.

É tempo de ficarmos em casa. De nos conscientizarmos de que a situação de nosso Estado é grave. Não haverá leitos para todos se a situação continuar se agravando. Mais gente vai morrer e, o pior, morrer sem a devida assistência médica. Quanto mais em casa ficarmos, mais rápido superaremos esse período. Essa semana, o jornal fez um trabalho importante de mostrar a realidade e explicar o que devemos fazer nos próximos dias. Ficar em casa. Não aglomerar. Cuidar dos nossos. Se tiver condições, ajudar ao próximo. Entender que estamos vivendo um momento difícil. Só com a ajuda de todos conseguiremos superar com mais rapidez tudo isso.

Caros leitores, estarei de férias nas duas próximas semanas. A coluna volta a ser publicada dia 28 de março.

 

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