Karime Loureiro é advogada e professora de inglês. Apaixonada pelo mundo dos vinhos, formou-se Sommelière Internacional pela International Wine Tasters Organization, atuando como palestrante e mediadora de eventos enogastronômicos. Presta consultorias para jantares harmonizados e eventos, ministra cursos de vinhos pelo Brasil e é digital influencer deste universo, sendo conhecida como Embaixadora das Borbulhas. Na bagagem, a visita a mais de 150 vinícolas pelo mundo
Eu sei, eu sei, oficialmente o Dia dos Namorados foi ontem, mas como uma romântica (quase em desconstrução - risos), não me contive e resolvi escrever sobre o amor e borbulhas, claro!
Ah, o amor…
E para quem se atreve a deixar o romantismo brilhar, para além do dia 12 de junho, nada traduz melhor esse clima do que uma taça com borbulhas. Ao abrirmos um espumante, de forma correta , ele não fará aquele "pop", mas sim um "suspiro de mulher apaixonada" como sempre diz François Hautekeur (enólogo da Chandon e um dos maiores conhecedores de espumante que conheço).
Espumantes são, por natureza, românticos. Elegantes, festivos, delicados e sempre com aquele toque de surpresa, como um beijo quase inesperado. Eles elevam qualquer ocasião e, cá entre nós, transformam até o mais simples jantar em um ritual de sedução...
Mas por que será que o espumante combina tanto com o amor?
Historicamente, o espumante sempre teve um pé no romantismo. O champagne ganhou fama nos salões da corte de Luís XV, onde Madame de Pompadour, amante oficial do rei, declarava: "Champagne é a única bebida que deixa a mulher ainda mais bonita depois de bebê-la". Há quem diga, inclusive, que foi ela quem inspirou o formato da taça coupe, moldado (imagine só!) a partir do contorno de seu seio. Fato ou lenda, é o tipo de detalhe que só aumenta o charme dessas borbulhas sedutoras. Mas há também quem diga que o molde seria dos seios de Maria Antonieta....
No cinema, o espumante é figurinha carimbada em cenas românticas. Quem lembra da icônica sequência de "Bonequinha de Luxo", com Audrey Hepburn elegantemente segurando uma taça, enquanto fala sobre amores improváveis?
Na literatura, autores como F. Scott Fitzgerald e Colette usaram o espumante como metáfora do efêmero e do encantamento - assim como o amor que borbulha, se expande e, às vezes, escapa pelos dedos, mas que vale cada segundo de brilho.
Borbulhas, aliás, sempre estiveram ligadas à paixão, talvez porque sejam tão efêmeras quanto ela: surgem, dançam, encantam… e se vão...
No mundo real, o espumante é versátil, democrático e sempre acolhedor: harmoniza com frutos do mar, risotos, pizzas, massas, sobremesas delicadas e, principalmente, com olhares sinceros e risadas partilhadas. Vale prosecco, cava, crémant, franciacorta ou um bom e velho champagne. Vale brindar com o crush, com o amor de uma vida ou até com o melhor dos pares: nós mesmos, por que não? Amor combina com borbulhas — e nos merecemos viver esse brinde.
E para deixar esse brinde ainda mais especial, selecionei quatro rótulos que são pura poesia em forma de borbulhas:
Cave Geisse Extra Brut
Elegância brasileira com acidez vibrante, perfeita para acompanhar um jantar à luz de velas.
Amitié Nature
Seco, direto e encantador — para os amores que não precisam de açúcar, só de verdade.
Moët & Chandon Brut Impérial
Um clássico atemporal, como aquele amor que nunca sai de moda.
Casa Amare Ágape
U espumante cheio de alma, que celebra o amor em sua forma mais generosa e acolhedora.
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