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China x EUA: relações comerciais sob tensão
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Mestre em Ciência Política pela Universidade Clássica de Lisboa, Pós-graduada em Comércio Exterior pela Universidade Católica de Brasília, Presidente da Câmara Setorial de Comércio Exterior e Investimentos da Adece, Gerente do Centro Internacional de Negócios da FIEC, Membro do Conselho de Relações Internacionais da FIEC – CORIN.

China x EUA: relações comerciais sob tensão

O cenário do "tarifaço" muda tão rápido que já não é possível acreditar em qualquer previsão
Tipo Análise
Medida de Donald Trump acontece após o presidente chinês, Xi Jinping, elevar tarifas contra os Estados Unidos (Foto: ELIJAH NOUVELAGE, ARISMESSINIS/ AFP)
Foto: ELIJAH NOUVELAGE, ARISMESSINIS/ AFP Medida de Donald Trump acontece após o presidente chinês, Xi Jinping, elevar tarifas contra os Estados Unidos

Cenário mundial caótico, atividade econômica incerta. Previsão de recessão nos Estados Unidos, na Ásia, no mundo? Semelhanças com o choque do petróleo, com a crise de 1929 ou a crise de 2008? Muitas perguntas, poucas respostas. A economia mundial entrou em um terreno infértil e é necessário aguardar com cautela o alcance real da situação em toda a sua extensão.

A política norte-americana tornou a economia um substantivo abstrato. Para especialistas em política comercial, comparar o momento atual com o ano de 2008, quando o setor financeiro entrou em recessão, é oportuno. Nas últimas semanas, as Bolsas despencaram.

A essa altura, as previsões anteriores já não têm importância. São consideradas defasadas, obsoletas. O cenário do “tarifaço” muda tão rápido que já não é possível acreditar em qualquer previsão.

Há poucos meses a preocupação global era com as tarifas relacionadas ao ferro e ao aço. O conflito comercial entre Estados Unidos e China, deixou a economia mundial “à deriva”, e as nações globais aguardam para encontrar um ponto de referência.

Ameaças? Oportunidades? As análises sobre o impacto das tarifas apontam para um cenário delicado. Se a negociação diplomática não prevalecer, o choque econômico será muito relevante. Os Estados Unidos são o principal destino das exportações cearenses – quase 50% de tudo o que o Ceará vende para o mundo vai para lá.

Com as recentes tarifas anunciadas pelo presidente norte-americano, a balança comercial pode ter desequilíbrio. As novas medidas podem desestabilizar cadeias globais de fornecimento e afetar diretamente a corrente de comércio do estado.

O declínio econômico, os impactos nas cadeias de suprimentos e no comércio internacional estarão evidenciados em todo o mercado mundial. Em síntese, possíveis interrupções no intercâmbio comercial e as incertezas sobre o futuro escrevem novos capítulos na história do mundo.

Análise: Trump deve ampliar categorias de produtos isentos de aumento de tarifa| O POVO News

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