Com formação em desenvolvimento mobile pelo IFCE e pela Apple Academy, junto ao seu conhecimento em Design e Animação, atuação em UI|UX e experiência na criação de aplicativo móveis, fundou a Startup Mercadapp. É amante dos livros, da música, do teatro e do ballet. Tudo isso sempre junto e misturado a tecnologia e inovação. Escrever sempre foi seu refúgio dentro dessa jornada tão desafiadora, que é ser uma jovem mulher empreendedora
No momento em que entendermos que o que não faz sentido para a gente, pode ter total sentido para outra pessoa, ou vice e versa, conseguiremos realmente respeitar, entender e ajudar outras pessoas.
Foto: JOANA KOSINSKA/UNSPLASH
Açaí, fruta do norte do Brasil. Come-se em creme com banana e cereais
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Esses dias me deparei nas redes sociais com uma entrevista de Djavan de 2010 refutando a sua fama de ter letras... nonsense.
Sou fã de Djavan, mas confesso que já tive que pegar algumas vezes a letra da música para conseguir ter certeza sobre o que ele estava falando, apesar de que para mim, a música tem um lugar muito mais profundo, tem um lugar no sentimento. E é por isso que Djavan tanto me toca.
Na entrevista, ele explica um verso da música "Açaí". Trouxe aqui transcrita, a fala dele para que possamos fazer um reflexão:
“'Açaí guardiã, zum de besouro, um ímã, branca é a tez da manhã'. Para mim, não é nada nonsense, tem todo um conteúdo. Não há nenhuma pessoa que viva no Norte do Brasil que não entenda que o açaí é a fruta que faz com que a subsistência daquelas pessoas esteja garantida, porque é uma fruta abundante, barata, muito nutritiva, com ela se faz tudo. Por isso, 'açaí guardiã'. Todo nortista entende esse verso. Zum de besouro, um imã. Todo mundo que gosta da natureza é impossível não ouvir um zumbido qualquer e não se interessar por quem o está produzindo. Por isso, um ímã", explicou ele. "E 'branca é a tez da manhã', se você acordar 5h da manhã num dia meio nublado, a vida está branca.".
Bem, para mim por exemplo, zum de besouro é realmente um imã. Mas o que eu refleti aqui com essa fala do Djavan é que apesar de sermos todos iguais, vivemos realidades e experiências de vida completamente diferentes uns dos outros.
Crianças que nasceram numa família de músicos, possivelmente vão ter um ouvido mais sensível para música e maior facilidade ao aprender um instrumento musical. Ao mesmo tempo, que crianças que nascem numa família com pais de diferentes países, vai conhecer mais sobre o mundo.
Eu não acredito em talento, eu acredito em influência do meio e persistência.
No fim da sua fala, Djavan diz: “Não há nada de nonsense nesse verso. O que há é a falta de alcance de alguns críticos que nos pune pela sua ignorância. Eu não posso fazer nada. Mas o verso está ali, é lindo. Não há nada na letra que não faça sentido. Tudo faz o maior sentido".
Para mim, essa é a riqueza da vida! No momento em que entendermos que o que não faz sentido para a gente, pode ter total sentido para outra pessoa, ou vice e versa, conseguiremos realmente respeitar, entender e ajudar outras pessoas.
E essa é uma das maiores e mais importantes habilidades de um líder de sucesso. Saber gerir pessoas entendendo e respeitando a história que cada um carrega.
É como os dedos que percorrem as cordas num conjunto de acordes de um campo harmônico. Pareceu nonsense para você?
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