Com formação em desenvolvimento mobile pelo IFCE e pela Apple Academy, junto ao seu conhecimento em Design e Animação, atuação em UI|UX e experiência na criação de aplicativo móveis, fundou a Startup Mercadapp. É amante dos livros, da música, do teatro e do ballet. Tudo isso sempre junto e misturado a tecnologia e inovação. Escrever sempre foi seu refúgio dentro dessa jornada tão desafiadora, que é ser uma jovem mulher empreendedora
Foto: Larissa Lima
Castelo da Cinderela no Magic Kingdom Park, na Disney
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Nunca tive um sonho de conhecer os Estados Unidos. Não fui contagiada pelo American Dream. Mas sempre tive um sonho adolescente de ir aos famosos parques de Orlando.
Acredito que não ter um sonho por US, inicia-se pela burocracia que é entrar no país. Sempre tive muito receio em obter o visto americano. Muito custo financeiro com a possibilidade de levar um não e voltar humilhada. Bem, foi um pouco disso que aconteceu. O sonho Disney, era um sonho a 4. Eu, meu marido, minha irmã e nosso melhor amigo. Estávamos nos preparando para o grande dia. Compramos passagens para Orlando e agendamos nossa entrevista de visto em grupo. A entrevista aconteceu em Recife, então tivemos que voar até lá. Aproveitamos para passar o final de semana juntos, nossa pré-trip.
Ao chegarmos no consulado, tudo aconteceu muito rápido. Algumas perguntas e nossos passaportes foram separados em duas ligas. Uma liga com dois passaportes entraram, a outra nos foi devolvida sem nenhuma explicação. Minha irmã e meu amigo não foram aprovados. Saímos todos em choque, não tínhamos sequer palavras. Nos olhávamos sem acreditar no que havia acontecido. Nosso sonho acabara de ser destruído.
Fingimos que nada nos tinha acontecido, e fomos para um restaurante à beira mar para almoçar e literalmente, digerir.
Foi exatamente assim que os Estados Unidos me deu seu primeiro: Welcome! Nosso sonho a 4 foi adiado, teríamos que vivê-lo depois. Pelo menos, conseguimos mudar as passagens. E mantivemos a viagem para Orlando junto ao meu irmão e minha cunhada.
Iniciamos a viagem por Miami, uma grande surpresa em minha vida. Miami conseguiu restaurar um pouco, a primeira impressão que os Estados Unidos deixaram. Em seguida, fomos para Orlando, onde íamos aos parques nos próximos 8 dias. Íamos conhecer primeiro os parques da Disney e depois os parques da Universal. Até que, no dia em que estávamos no quarto e último parque da Disney: Ian chegou.
A forma como fomos informado sobre o Ian, foi um daqueles momentos da vida, tão icônicos, que são impossíveis de serem esquecidos. Nós tínhamos acabado de sair de uma das melhores atrações da Disney, a montanha russa do Guardiões da Galáxia. Toda saída de atrações da Disney, acontece dentro de uma loja. Eles não poderiam perder a oportunidade de vender. E lá estávamos nós, as iscas, olhando algumas pelúcias. Quando de repente, todos os smartphones e smartwatches começaram a alarmar. Sim, alarmar com som de sirene. E como eram muitos celulares e relógios juntos, o barulho foi assustador.
Imediatamente, todos nós pegamos os dispositivos para ler a mensagem que chegava em Inglês e Espanhol, nos dizendo que nas próximas 48hrs tínhamos riscos de tempestade severa, pois o Furacão Ian estava próximo.
Ian, sim, o Furacão Ian. Depois do Welcome que ele me deu, senti que os EUA queria me dizer: GoodBye. Mas por sorte, o furacão não alcançou Orlando e foram apenas três dias de bastante chuva e ventania, em que ficamos dentro de casa, com um estoque que fizemos na nossa ida, aflitos, ao supermercado após a notícia que recebemos no parque. Fizemos também downloads de manual de sobrevivência a furacões e dentre outros materiais. Afinal, somos brasileiros, não fazíamos ideia do que estava por vir.
Os noticiários já estavam acompanhando tudo. Nossos parentes e amigos estavam aflitos. E nós estávamos lá, estudando nosso manual.
Com o desvio que nos foi dado por Ian, conseguimos finalizar nossas visitas aos parques e realizar nosso retorno, são e salvos, ao Brasil. Apesar de sua recepção tão calorosa, só tenho a dizer: Thank you, US!
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