Economista, mestre em Administração com MBA em Finanças pela FGV-SP e PHD em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona. Foi presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon) e do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef). É professor doutor adjunto da Universidade Estadual do Ceará, assessor econômico da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, presidente da Academia Cearense de Economia, conselheiro Federal de Economia e Membro da Câmara de Desenvolvimento de Comércio & Serviços do Estado do Ceará
Baixa competitividade, infraestrutura precária, elevada concentração de renda e sofrível qualidade da educação, em todos os parâmetros internacionais, são alguns dos principais gargalos a serem superados
Foto: SARA MAIA
EDUCAÇÃO compõe cálculo do IDH, junto com saúde e renda
O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas divulgou, recentemente, a atualização do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 193 países, com dados de 2023, sobre indicadores de expectativa de vida, escolaridade e Produto Interno Bruto (PIB) per capita.
O Brasil está na 84ª colocaçãocom IDH de 0,786 considerado de desenvolvimento alto. Desde 1990, acumulamos aumento de 22,6%, enquanto o ritmo global foi de 24,3%, e o do nosso grupo, de 36,6%. Outros emergentes avançaram mais rápido, como o Peru (27%) e Colômbia (26,5%), um pouco acima no ranking, além da China (62,3%), Índia (53,6%) e Turquia (42,6%).
De 1990 até 2023, acumulamos avanços nas medidas de renda, saúde e educação que formam o IDH. O PIB por habitante subiu de US$ 12,178 para US$ 18,011; a expectativa de vida ao nascer, de 65,86 para 75,85 anos; a escolaridade média de 3,69 para 8,43 anos.
Além do Brasil, outros 49 países são considerados de desenvolvimento alto (de 0,700 a 0,799). As nações de desenvolvimento médio (de 0,550 a 0,699) somam 43, enquanto aqueles com desenvolvimento baixo (abaixo de 0,550) são 26. A Islândia ultrapassou a Suíça e a Noruega é agora o país com maior IDH do mundo (0,972), os seis primeiros são europeus. Já o Sudão do Sul tem o pior (0,388), as nove últimas posições são de países africanos.
Se os dados apresentam avanços, também mostram alarmes, principalmente no que se refere à desigualdade social! Os ganhos são lentos e pessimamente distribuídos. No cálculo em que a ONU ajusta o IDH de acordo com a desigualdade social, o país cai para 0,594, próximo ao de baixo desenvolvimento humano e apenas na 105ª posição.
Aqui, os 40% mais pobres detêm apenas 11,3% dos rendimentos da população, enquanto os 10% mais ricos ficam com 41%. Nos Estados Unidos, país mais desigual entre os ricos, os percentuais são 15,6% e 30,2%, respectivamente.
Baixa competitividade, infraestrutura precária, elevada concentração de renda e sofrível qualidade da educação, em todos os parâmetros internacionais, são alguns dos principais gargalos a serem superados.
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