Economista, mestre em Administração com MBA em Finanças pela FGV-SP e PHD em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona. Foi presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon) e do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef). É professor doutor adjunto da Universidade Estadual do Ceará, assessor econômico da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, presidente da Academia Cearense de Economia, conselheiro Federal de Economia e Membro da Câmara de Desenvolvimento de Comércio & Serviços do Estado do Ceará
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
O uso da Inteligência Artificial já é algo comum no cotidiano das pessoas
Historicamente, a relação entre economia e tecnologia foi pontuada por transformações capazes de redefinir modelos produtivos e estruturas sociais. Atualmente, a inteligência artificial (IA) ocupa um papel central, impondo ao economista novos desafios.
A IA não é apenas uma ferramenta de automação, mas um catalisador de mudanças que afeta mercados de trabalho, padrões de consumo, políticas públicas, como se pensa o desenvolvimento econômico, os ganhos de produtividade, a redução das desigualdades e a eliminação da pobreza extrema.
O economista, tradicionalmente, analisou fenômenos a partir de dados escassos, agora, encontra-se diante de bases de dados massivas, algoritmos preditivos e modelos capazes de gerar cenários complexos em tempo real. Essa abundância de informação não deve substituir o julgamento humano, e sim o fortalecer.
As ferramentas de machine learning permitem prever tendências de mercado com maior precisão, analisar comportamento de consumidores e simular cenários econômicos. O economista deixa de ser apenas um analista e passa a ser um estrategista, interpretando os resultados gerados por sistemas inteligentes e tomando decisões mais embasadas.
A ética no uso de dados, o viés algorítmico e a transparência nos modelos são questões críticas. O economista moderno precisa dominar tanto a teoria econômica, como também fundamentos de ciência de dados, programação e estatística avançada.
Outro ponto central é a formulação de políticas públicas. A IA permite modelos mais precisos para avaliar resultados e prever crises. Contudo, se mal utilizada, pode ampliar vieses, reforçar concentrações de poder e reduzir a transparência. O economista, então, deve atuar como mediador entre inovação tecnológica e justiça social.
Em síntese, a inteligência artificial não elimina o papel do economista. Pelo contrário, o torna ainda mais necessário. Cabe ao profissional unir capacidade analítica e visão humanista, garantindo que a tecnologia esteja a serviço do desenvolvimento sustentável. O futuro da economia, mediado pela IA, será não apenas quantitativo, mas essencialmente humano.
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