
A Layout é um espaço que aborda o mercado publicitário local e nacional. Cliff Villar é jornalista, publicitário e professor. Atualmente é diretor Corporativo do Grupo Comunicação O POVO
A Layout é um espaço que aborda o mercado publicitário local e nacional. Cliff Villar é jornalista, publicitário e professor. Atualmente é diretor Corporativo do Grupo Comunicação O POVO
layMenina usa rosa, menino usa azul. No Dia das Mães, lavadeira; no Dia dos Pais, gravata. Entra ano e sai ano e alguns clichês continuam a ser usados nas peças alusivas às datas do varejo. Claro que uma ou outra campanha se arrisca a fazer releituras e reposicionamentos a respeito, mas isso é um movimento ainda residual.
Essa, digamos, ideia fixa padronizada a respeito dos arquétipos masculino e feminino é um traço de comportamento explicado pela psicologia e sociologia. Essa padronização acaba virando uma ferramenta que cria modelos mentais que orientam expectativas e, daí, medram as estratégias de marketing, na identidade "padronizada": o carioca na praia, o paulista trabalhador, o baiano que fala "meu rei", a mãe usando tempero junto ao fogão, o jovem trazendo um buquê de flores para a namorada.
Na psicologia, temos Jung e seus arquétipos como padrões universais de pensamento, comportamento e sentimento. Na sociologia, isso explica a promoção da necessidade de uma identidade coletiva e de pertencer a este ou aquele grupo.
Um exemplo disso são as questões geracionais. E é muito fácil detectar esses movimentos nas gírias, expressões que determinam gerações: tiozão, raiz, velha guarda, old school ou cringe. Todos esses ingredientes fazem parte da massa cinzenta publicitária.
E quando mais do que confirmamos e reafirmamos esses padrões, questionamos, acabamos por ampliar a mensagem e gerar um recall mais eficiente. Quase como uma mensagem que ultrapassa a função básica de vender um produto, uma marca ou um serviço.
Uma mensagem que transborda e interfere na visão de um mundo, no caso, um mercado padronizado e homogeneizado.
Imagine, por exemplo, um anúncio em que a mulher leva flores ao marido. É claro que o impacto é maior que o usual gesto do homem com flores nas mãos. Uma criança lendo um jornal impresso ou um idoso ouvindo Kanye West são mais que simples inversões, são conceitos que propõem o abandono de crenças.
Quando a nossa atividade se acorrenta a conceitos envelhecidos, a comunicação vira uma sequência de paisagens amorfas. Comunicação tem que emocionar? Sim. Mas deve, principalmente, provocar uma reflexão.
A consequência é um recall com muito mais propriedade de valor. Ao sair do "lugar comum", a publicidade ou o marketing criam outra narrativa e novos paradigmas.
Isso marca o consumidor de uma forma que constrói uma relação de lealdade entre a marca/produto e ele. Tudo pelo motivo de que, num momento x, aquela mensagem o fez olhar o mundo, ou a vida, de outro ângulo, e este é o Santo Graal de nosso ofício.
Nazareno Albuquerque é jornalista, publicitário e designer de projetos do Grupo de Comunicação O POVO. Idealizador do Seminário Futura Trends.
O POVO - Quinta-feira, 28 de agosto, acontecerá a 15ª edição do Futura Trends. Como você avalia a trajetória do seminário?
Nazareno Albuquerque - O Futura Trends tem uma das mais brilhantes trajetórias, no Ceará e no Nordeste, como um seminário de conhecimento direcionado ao público de executivos públicos e privados. Não só o público, como também o conteúdo, são medidos todos os anos para se aproximar ao máximo desse público e de suas ansiedades de conhecimento. No início, há 15 anos, a velocidade dos conteúdos não se impunha de maneira tão intensa como hoje. Por isso, a programação inicial do Futura Trends continha conteúdos diversos e, muitas vezes, em busca de identificar novos caminhos para o desenvolvimento do país ou das habilidades profissionais. Com falas de Henrique Meirelles, por exemplo, para tracionar rotas para a economia. Ou de Miguel Nicolelis, para sinalizar ao público para onde caminhavam os recursos tecnológicos. Isso, há quase duas décadas, permite compreender a excelência da programação do seminário, que chega hoje a conteúdos ainda mais sofisticados e focados.
OP - Como se deu o processo de escolha do tema?
Nazareno - O tema saúde mental e ansiedade chega a todos os ambientes do mundo. Do núcleo familiar aos grandes gabinetes ou às plantas industriais das multinacionais, ele está presente nas relações humanas e nos governos. Nos últimos dez anos, centenas de livros foram publicados tratando dessa temática, que tem como matriz para muitos de seus sintomas: as redes sociais e a inteligência artificial generativa. Daí o tema: Saúde Mental e Tecnologias. Transformando Ansiedade em Poder.
OP - Quais serão as abordagens em torno do tema?
Nazareno - Teremos quatro palestrantes de nível internacional para tratar do assunto. Abrindo a programação, a renomada professora da Universidade de Harvard, a brasileira Dra. Luana Marques, com um vasto conhecimento em ansiedade e ousadia, autora de best-sellers publicados nos EUA e no Brasil abordando a questão. No segundo painel, o professor Marco Ruediger, da Fundação Getúlio Vargas, abordará um tema no qual tem inclusive assessorado o Governo Federal: a influência política nas redes sociais, a contaminação das democracias pelos algoritmos e os impactos sobre instituições governamentais no mundo. Em seguida, a professora Vanessa Cavalieri discutirá as chamadas "doenças digitais", que atingem os adolescentes, levando-os a perturbações mentais e até ao suicídio. E, finalmente, o professor Talib Fisher, prendendo a audiência com o seu amplo conhecimento em inteligência emocional, ferramenta que todos precisam para enfrentar os desafios da perigosa era digital que estamos vivendo.
"Como as democracias morrem (2018), de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, analisa como as democracias se deterioram por votos contaminados pelas redes sociais e líderes que minam o processo democrático. Um novo livro está sendo escrito por Steven, não só ratificando suas previsões, como adicionando um novo ingrediente a esse processo: as perigosas ferramentas tecnológicas, seus algoritmos e redes sociais infectadas capazes de abalar as estruturas de Estado no mundo inteiro.”
A Acesso Estratégia Criativa é a responsável pelas campanhas que garantiram à Unimed Fortaleza quatro premiações nacionais no Unimed Comunicação e Marketing 2025, evento que reúne todas as cooperativas do País. O grande destaque foi o 1º lugar em Campanhas Publicitárias com "Cuidar de Mim", filme que colocou em pauta o autocuidado feminino. Tudo alinhado ao conceito de transversalidade social da marca.
Nada mais atual que falar de saúde, bem-estar, alimentação saudável e consumo consciente. Hoje, isso é ouro puro em estratégias de branding. Os Festivais Costume Saudável e Costume Gourmet, do Grupo São Luiz, estão alinhados a esse conceito. O evento tem a consultoria de branding de Thiago Baldu e a coordenação de Ana Luiza Ramalho, diretora de Marketing. A edição 2025 acontece de 12 a 14 de setembro, no Shopping RioMar Fortaleza.
Tá chegando a hora. Quinta-feira, 28, no Teatro RioMar Fortaleza, acontecerá um dos maiores seminários de formação executiva do Nordeste. O Futura Trends chega à 15ª edição com apoio do Sesi/Senai, Unichristus e Hostweb, e patrocínio do Grupo Marquise, Unimed Fortaleza e 9Energia. A realização é do O POVO e da Fundação Demócrito Rocha. Ingressos esgotados.
A festa do Anuário do Ceará 2025-2026, lançado nesta segunda-feira, 25, contou com ativações de marcas importantes do mercado. A Diageo assinou o bar temático, a Moura Dubeux apresentou um lounge com seus empreendimentos, a Tânia Jóias exibiu suas peças especiais, 3corações com cafés gourmets, a Bellucci e seus gelatos, a Indaiá com a água mineral oficial da noite e a Levy Ambientações fez a curadoria de todo o ambiente.
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