A jornalista, poeta e escritora Lêda Maria escreve sobre política, cultura e sociedade. É autora de duas edições do livro ''Memória Gastronômica das Famílias Cearenses'' e participante de várias antologias nacionais e internacionais, como ''A Literatura das Mulheres da Floresta'' e ''Assim Escrevem as Brasileiras''.
O Prêmio Nobel da Paz, estabelecido em 1895 na Noruega, tendo sua primeira cerimônia realizada em 1901, é um dos cinco prêmios Nobel estabelecidos pela vontade do industrial, inventor e fabricante de armamentos sueco Alfred Nobel, junto com os prêmios de Química, Física, Fisiologia ou Medicina e Literatura. Este ano, a detentora foi María Corina Machado, venezuelana, nascida em Caracas em 7 de outubro de 1967, herdeira de uma família rica, ligada à indústria siderúrgica. Ela é formada em engenharia industrial (1989), com especialização em Finanças. Em 1992, já atuante na defesa da população pobre, criou a Fundação Arena, com ações em benefício das crianças de rua em Caracas. Daí por diante, muitos projetos, muitas batalhas, até que, em 2010, foi eleita para a Assembleia Nacional, sendo a deputada mais votada. Começou, então, a ganhar adeptos e inimigos, sendo seu maior rival Nicolás Maduro, presidente, oficializando ontem o fechamento da Embaixada da Venezuela na Noruega.
Sua escolha para o Nobel da Paz está causando muitas celeumas. Elogios e críticas. Resolvemos ouvir opiniões e abrir o leque para uma formação melhor de conceitos.
"O Prêmio Nobel da Paz de 2025, concedido à venezuelana María Corina Machado, reacendeu o debate sobre o sentido político e ético dessa premiação e se transformou em uma grande polêmica. De um lado, a ganhadora é reconhecida por sua luta pela restauração da democracia e dos direitos humanos na Venezuela e, neste sentido, é saudada como símbolo de coragem e resistência. Mas, de outro lado, a decisão também despertou críticas intensas, que questionam o caráter parcial e geopolítico do prêmio e da ganhadora. Ao premiar uma figura claramente associada à oposição venezuelana e próxima de setores conservadores, o Comitê Nobel reforça uma narrativa de legitimação das forças colonizadoras pró-Ocidente na América Latina, o que sugere uma leitura, no mínimo, seletiva ou até mesmo distorcida da Paz."
Custódio Almeida, reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC)
"A conquista do Prêmio Nobel da Paz, em 2025, pela engenheira industrial, professora e política María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, com longa atuação em movimentos cívicos, significa um reconhecimento internacional à resistência democrática na Venezuela, país marcado por autoritarismo, violações de direitos humanos e crise humanitária. Trata-se de um estímulo para quem luta por democracia e paz, dentro e fora do país, e uma chamada global para a transição democrática de maneira justa, pacífica e que inclua garantias institucionais. A trajetória de María Corina Machado evidencia que a democracia não consiste apenas na existência de eleições, mas também em respeito aos direitos, liberdade de expressão, Estado de direito, supervisão independente e participação cidadã."
Randal Martins Pompeu, reitor da Universidade de Fortaleza (Unifor)
"O Prêmio Nobel tem sido, historicamente, um reconhecimento a indivíduos e movimentos que dedicam seus esforços à promoção da paz e dos direitos humanos. Neste contexto, a escolha de María Corina Machado reflete o valor de uma trajetória marcada pela coragem e pela defesa de princípios universais. Sua atuação ultrapassa fronteiras geográficas e barreiras políticas, reafirmando a importância de preservar direitos considerados invioláveis em qualquer sociedade."
Adalberto Barreto, médico e professor
"Primeiro, acho que esse Prêmio gradativamente perde a sua importância, quando tem deixado para trás pessoas que verdadeiramente têm enfrentado a luta pela paz. A agraciada é uma empresária, filha de empresário, explorador do povo venezuelano; ela é ultraliberal, e sua "luta" tem sido para beneficiar a classe dominante. Essa indicação do Nobel da Paz, neste momento em que o mundo enfrenta guerras e genocídios, em que populações inteiras, crianças, idosos, doentes, são impedidos de serem socorridas pelos que se importam com o ser humano, é um alerta. A indicação da venezuelana María Corina traz um recado claro a todas as pessoas que se dedicam à luta, à proteção dos desvalidos, à diminuição das desigualdades. O Nobel da Paz, para ela, faz parte da trama política de dominação. A direita avança a passos largos."
Erotilde Honório, médica, professora e atriz
"Uma militante do fascismo internacional. Se fosse vivo, o grande industrial Alfred Nobel teria um ataque cardíaco fulminante ao ver o Prêmio Nobel da Paz ser outorgado, de forma tão afrontosa, a quem milita contra a paz e em favor da guerra!"
Dr. Inocêncio Uchôa, advogado
"Em meio aos desafios de um país mergulhado em grandes conflitos, com a perda das liberdades de todo um povo, María Corina surge como uma dessas forças da natureza, valente e combativa. Enfrentou a quebra da ordem política que desorganizou a Venezuela, a ira dos ditadores, e mostrou aos que se acomodavam, por medo ou conveniência, que a coragem é uma arma poderosa para defender as aspirações da nação, a liberdade e a democracia. Para as novas gerações, é um exemplo da força e da determinação de uma mulher. O Prêmio Nobel da Paz que lhe foi conferido é a homenagem que lhe era devida."
Marta Assunção, gestora de Tecnologia da Informação
Sarinha Philomeno recebeu, em Sampa, no ateliê da designer de joias Leticia Linton, amigas e clientes de Fortaleza e São Paulo, na luminosidade da beleza e do afeto.
"As minhas expectativas para esta gestão são de crescimento do quadro associativo, visando ao fortalecimento da associação e o empoderamento feminino; expandir a Alfe para outros municípios e estabelecer parcerias estratégicas com entidades públicas e privadas." Esta declaração, dosada de entusiasmo e dinamismo, é da nova presidente da Alfe, Elia da Costa Farias. Sua posse acontece às 19h de hoje, no Auditório Gervásio Pegado, da CDL.
Próxima sexta-feira, 17, às 19h, o Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec), presidido pela dra. Inês Melo, faz bonita solenidade homenageando 70 médicos com 50 anos de profissão.
Amanhã, a reunião da Academia Fortalezense de Letras tem início às 16h, no Espaço da Palavra, do Farias Brito. Na programação, uma palestra da acadêmica Grecianny Cordeiro e seus percursos literários, e posse das novas eleitas para a entidade: Linda Lemos e Gilda Freitas, que serão saudadas pelo vice-presidente Irapuan Diniz.
AS AZUIS tiveram noite de confraternização no endereço praiano de Iris e Murilo Amaral. Ao som do piano e voz de Darlington Mesquita, os momentos fluíram entre o romantismo e a alegria. Uma surpresa carinhosa foi a chegada do anfitrião para revelar palavras de benquerença e motivação ao processo de construção do grupo, à base do carinho e dedicação. O jantar foi assinado por Rafa Sudatti.
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