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Lorena Monteiro: As FAPs no fomento da pesquisa científica
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Cientista política e professora do Centro Universitário Tiradentes (AL). Pesquisadora associada aos grupos de pesquisa

Lorena Monteiro: As FAPs no fomento da pesquisa científica

Como todos sabem o negacionismo do governo Bolsonaro afetou duramente o fazer científico no Brasil. A falta de financiamento levou pesquisadores a atuarem em condições precárias, muitos, diante da realidade, mudaram-se para outros países
Lorena Monteiro, cientista política, professora PPGIII do Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Tecnologia e Políticas Públicas do Centro Universitário Tiradentes (UNIT/AL), líder do Laboratório Interdisciplinar em Inovação em Organizações e Políticas Públicas (Labipol) (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Lorena Monteiro, cientista política, professora PPGIII do Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Tecnologia e Políticas Públicas do Centro Universitário Tiradentes (UNIT/AL), líder do Laboratório Interdisciplinar em Inovação em Organizações e Políticas Públicas (Labipol)

As fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa são autarquias que tem por objetivo fomentar a pesquisa e a indução tecnológica nas unidades subnacionais brasileiras. Mesmo com autonomia administrativa e financeira as FAPs dependem dos projetos e recursos tanto dos governos estaduais, quanto dos do CNPq e da CAPES, e por isso, nos últimos anos, sob o governo Bolsonaro, o fomento à ciência e à tecnologia também tiveram impacto negativo nos estados.

Como todos sabem o negacionismo impresso pelo governo Bolsonaro afetou duramente o fazer científico no Brasil. A falta de financiamento levou pesquisadores a atuarem em condições precárias, muitos, diante dessa realidade, mudaram-se para outros países, jovens promissores abandonaram a carreira científica, pesquisas importantes foram paralisadas, etc.

Este cenário nos últimos anos só não foi pior pela excelência da ciência e dos cientistas brasileiros e pelos recursos oriundos das FAPs estaduais. O que se realizou durante a pandemia de Covid 19 no Brasil, em termos de ciência, deve-se aos recursos oriundos das FAPs estaduais. Claro que ainda com desigualdade regional, mas melhor que a realidade de 20 anos atrás nesse aspecto.

Com o governo Lula volta-se a valorizar a ciência brasileira. Nos primeiros meses de governo já há mais investimento em ciência, tecnologia e inovação do que os últimos anos. Esse movimento percebe-se também nas FAPs estaduais de governos alinhados as diretrizes do executivo federal. Por exemplo, aqui na região nordeste, o governo de Alagoas comunicou, recentemente, investimento de 200 milhões em editais de fomento de pesquisa, tecnologia e inovação nos próximos quatro anos.

Percebe-se um maior investimento do estado nas políticas de fomento à pesquisa, do que o governo federal, invertendo a lógica que vigorava até então. São investimentos que se referem a bolsas de pesquisa de mestrado e doutorado, fixações de doutores no estado, financiamento de publicação e incentivo à excelência acadêmica e as pesquisas realizadas no estado.

Iniciativas que tem potencial de gerar subsídios importantes para formulação de políticas públicas no estado, em temas tão urgentes e necessários para o desenvolvimento regional. Portanto, a reconstrução do país passa pelo fomento à ciência pela União e pelas suas unidades subnacionais.

 

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