Empate valioso contra o líder: atuação defensiva do Ceará merece ser valorizada
Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
Empate valioso contra o líder: atuação defensiva do Ceará merece ser valorizada
Sistema defensivo do Vovô parou o líder invicto da Série A e dono do melhor ataque, Bragantino. Foi a primeira vez que o Massa Bruta passou em branco no Brasileirão
Parar o líder invicto, dono do melhor ataque da Série A (17 gols), não era tarefa fácil. Mas com atuação defensiva compacta, o Ceará conquistou empate valioso no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, contra o Bragantino. A consistência da defesa, que já andou patinando na temporada, confirmou a evolução em mais um desafio no Brasileirão e dificultou as investidas de Claudinho, Artur e companhia.
Com estratégia clara desde o início do jogo, Guto Ferreira armou o Alvinegro para explorar o contra-ataque. Quando se joga desta forma, o time do contragolpe atrai o adversário, abre mão da posse de bola e precisa ter eficiência na marcação.
Por mais que ofensivamente o Vovô não tenha feito partida brilhante, a equipe teve chances de balançar as redes, se aproveitando de erros do rival a partir da marcação encaixada para executar a transição.
Em 90 minutos de bola rolando, o Alvinegro sofreu poucos perigos. A melhor chance do Massa Bruta foi nos acréscimos. Foi a primeira vez que o time do interior paulista não marcou gols na Série A, após oito rodadas.
Com duas linhas de quatro compactas, os cearenses dificultaram o qualificado time de Bragança Paulista na criação ofensiva. De 13 finalizações dos donos da casa, apenas duas foram na direção do goleiro Richard, que defendeu de forma segura.
Conforme as estatísticas do Sofascore, o Bragantino só teve uma grande chance de gol, justamente a desperdiçada nos acréscimos. O goleiro Cleiton terminou a partida trabalhando mais do que Richard, com três defesas contra duas do arqueiro do Porangabuçu.
Vale mencionar ainda o trabalho que Guto tanto cobra dos jogadores ofensivos: a pressão na saída de bola. A maior parte dos desarmes do Alvinegro no jogo foi com atletas da linha de frente (veja lista abaixo).
Do total de finalizações, os paulistas chutaram mais de fora da área, oito, do que de dentro, cinco. Entre os números de destaque das ações defensivas do Ceará, a equipe desarmou 12 vezes, interceptou dez jogadas e cortou 39 bolas, afastando qualquer perigo.
A evolução defensiva coincide com o momento positivo da equipe na Série A, que chegou a quatro jogos sem perder - três empates (Bragantino, São Paulo e Internacional) e uma vitória (Atlético-MG). O Vovô sofreu apenas três gols neste recorte, menos da metade sofrida nos quatro primeiros jogos na competição, quando foi vazado sete vezes.
Cortes: Messias - 10 Lacerda - 7 Jordan - 5 Fernando Sobral - 4 Bruno Pacheco - 3 Richard - 2 Marlon - 2 Buiú - 2 Lima - 1 Mendoza - 1 Saulo Mineiro - 1 Kelvyn - 1
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