Por que o Ceará demitiu Guto Ferreira com campanha no G8 do Brasileirão
Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
Por que o Ceará demitiu Guto Ferreira com campanha no G8 do Brasileirão
Alvinegro sob comando de Guto estagnou. Desde a final da Copa do Nordeste, a equipe atuou quase de forma idêntica e com futebol medíocre
Olhar apenas os números de Guto Ferreira para entender a demissão do treinador no Ceará, oitavo colocado na Série A do Campeonato Brasileiro, pode causar estranheza. Mas a saída do técnico, que tinha o trabalho mais longevo entre os comandantes do futebol nacional, passa pelo rendimento da equipe. O Alvinegro do Porangabuçu parou no tempo quanto ao desempenho ainda no primeiro semestre, quando perdeu para o Bahia a final da Copa do Nordeste. De lá pra cá, o Vovô pouco evoluiu.
O entendimento da diretoria do Ceará para demitir Gordiola é de que o time pode render mais e ter atuações sólidas. Os dirigentes miram uma equipe confiável e estável na sequência da temporada.
O Alvinegro sob comando de Guto estagnou. Desde a final da Copa do Nordeste, a equipe atuou quase de forma idêntica e com futebol medíocre. Vieram a eliminação na Copa do Brasil e a perda do título no Campeonato Cearense para o maior rival, o Fortaleza, além da despedida precoce na Sul-Americana.
Os dirigentes tiveram paciência e mantiveram Guto no cargo para a Série A. A campanha é positiva até aqui. É fato. Oitavo colocado com 24 pontos conquistados em 18 jogos. Em nenhum momento o escrete do Porangabuçu flertou com a zona de rebaixamento.
Entretanto, o desempenho em campo da equipe não traduz os números, tampouco traz confiança, não convence. Nem mesmo a vitória sobre o Fortaleza por 3 a 1. E isso pesou para a diretoria mudar os planos de comando para o segundo turno do Brasileirão.
Desde os resultados negativos no primeiro semestre, quando a equipe deu sinais de queda, Guto manteve o mesmo esquema, não recuperou jogadores importantes e mudou pouco a forma de jogar. As alterações foram mínimas, uma peça por outra, e o futebol medíocre seguiu.
Com Guto, a impressão que dava nas partidas na Série A era de que o time estava jogando no limite. Nem mesmo a sequência de 11 partidas invictas, com quatro vitórias e sete empates, convenceram pelo desempenho em campo.
A derrota para o América-MG, então vice-lanterna da Série A, foi a gota d'água para a diretoria decidir mudar. O Vovô fez uma das piores partidas no Brasileirão. Agora, o Ceará terá duas semanas para entrar em campo novamente. Tempo para os dirigentes definirem um novo nome e colocar o treinador para iniciar o trabalho o mais rápido possível com o elenco.
Não será fácil encontrar o substituto de Guto. O mercado de treinadores brasileiros parece cada vez mais saturado. É mais do mesmo. Por outro lado, buscar um técnico estrangeiro também requer precisão.
A decisão da diretoria do Ceará é corajosa e arriscada. Mostra que o clube tem ambição e quer ir além no Brasileirão.
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