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"Ceará e Fortaleza são os queridinhos do mercado do futebol brasileiro", diz especialista
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Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi

Lucas Mota esportes

"Ceará e Fortaleza são os queridinhos do mercado do futebol brasileiro", diz especialista

A coluna conversou com o especialista em pesquisas no esporte Fernando Ferreira, sócio-diretor da Pluri Consultoria. Ele analisa o crescimento da dupla cearense sob gestões responsáveis
Ceará e Fortaleza são referências no mercado do futebol brasileiro (Foto: Leonardo Moreira/Fortaleza EC)
Foto: Leonardo Moreira/Fortaleza EC Ceará e Fortaleza são referências no mercado do futebol brasileiro

Protagonistas do Nordeste, campanhas positivas na Série A e classificados para competições internacionais. O futebol cearense, capitaneado por Fortaleza e Ceará, viveu o melhor ano da sua história em 2021. O desempenho em campo reflete a subida e o importante espaço conquistado no ranking da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de federações e de clubes.

O ranking evidencia a mudança de hierarquia entre os clubes, com Ceará e Fortaleza ocupando o principal "salão" do futebol brasileiro. A coluna conversou com o especialista em pesquisas no esporte Fernando Ferreira, sócio-diretor da Pluri Consultoria. Ele analisa o crescimento da dupla cearense sob gestões responsáveis.

"Ceará e Fortaleza são os queridinhos do mercado do futebol brasileiro. Eles vêm aumentando receitas, montam elencos cada vez mais competitivos e almejando resultados maiores. A Libertadores passa a ser realidade, e coisas desse tipo", afirma o economista.

O Tricolor do Pici fez campanha histórica na Série A 2021, terminando no G-4, a melhor posição de um clube do Nordeste na era dos pontos corridos, e carimbando a vaga inédita para a Libertadores. A equipe disputará a primeira divisão pelo quarto ano consecutivo em 2022. No ranking da CBF, o clube aparece em 11º, sendo o melhor nordestino.

O Alvinegro do Porangabuçu, que encerrou a participação na Série A 2021 em 11º, assegurou pelo segundo ano seguido vaga na Sul-Americana. O Vovô vai para a quinta temporada consecutiva na elite do futebol nacional e pode fazer história como o nordestino com maior a sequência no Brasileirão de pontos corridos, caso se mantenha no campeonato para 2023. No ranking da CBF, o Ceará é o 13º.

O crescimento das duas principais forças do futebol cearense está relacionado com a capacidade de gestão das diretorias. Administrados sob o pilar da responsabilidade financeira, Ceará e Fortaleza possuem o menor endividamento entre os clubes do Brasil e veem os orçamentos subirem a cada ano. Para 2022, o Vovô estipula R$ 160 milhões, enquanto o Leão, R$ 141 milhões.

"Os clubes com boa gestão têm resultados melhores a longo prazo. Estamos vivendo uma ruptura. O Brasil sempre teve 12 clubes consolidados, mas começamos a ver a hierarquia ser testada. Ceará e Fortaleza estão aí, claramente, entre os clubes que testam essa hierarquia. Grandes clubes estão na Série B há mais de um ano. Isso é fruto de gestão", explica Fernando.

O economista exemplifica o sucesso de clubes como Athletico-PR e Bragantino, além de Ceará e Fortaleza, como fruto da mudança de hierarquia do futebol. Em contrapartida, equipes tradicionais mal administradas têm sofrido nos últimos anos, como Botafogo, Vasco e Cruzeiro.

"É um processo. E a gente vê Ceará e Fortaleza, Bragantino e Athletico-PR como clubes que estão decisivamente frequentando o principal salão do futebol. E têm outros clubes que estão entre os 12 famosos, como Botafogo, Cruzeiro, Vasco, com situações complicadas. Mas são clubes, principalmente, Vasco e Cruzeiro que têm torcidas grandes e podem dar volta por cima, ajustar sua gestão, eventualmente ter investidor que consiga colocar a casa em ordem. São clubes que podem fazer a curva e voltar a trajetória anterior. Mas na fotografia do momento têm quatro clubes brasileiros que claramente estão ocupando o salão principal", diz ele.

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