Em 2009, o piauiense Max Walef desembarcava no Pici para viver o sonho de se tornar jogador profissional. Na época, o então garoto de 15 anos se juntava às categorias de base do Tricolor. Treze anos depois, ele encara pela primeira vez a condição de goleiro titular do Fortaleza no melhor momento da história do clube.

A trajetória do jogador no time profissional do Leão foi, na maior parte, no banco de reservas. Foi preciso muita dedicação, foco e profissionalismo para alcançar, em 2022, o status de titular no ano em que o clube disputará pela primeira vez na sua história centenária a Libertadores. Desde 2013 integrando a equipe profissional, Max soma apenas 23 partidas.

Ele viu de perto toda a retomada do clube ao topo do futebol nacional. Dos oito anos de Série C até a classificação para a Libertadores. Antes de alcançar a titularidade em 2022, foram pouquíssimas oportunidades: 18 partidas ao todo.

Apesar do longo período como reserva, terceira ou quarta opção para a posição, Max Walef nunca desanimou. O atleta seguiu trabalhando firme para estar preparado, caso a chance aparecesse. "Continuei trabalhando como se fosse o titular. Sempre treinei como se fosse o titular. Nunca abaixei a cabeça por mais que fosse terceiro ou quarto goleiro. Sempre treinei bem", disse o goleiro em entrevista exclusiva no programa Esportes do POVO, da Rádio O POVO CBN (íntegra disponível no canal do O POVO no Youtube).

Eis que a oportunidade chegou em 2022. Quando a pré-temporada se iniciou, em janeiro, era pouco provável imaginar que a titularidade chegaria para Max. A diretoria do Fortaleza foi ao mercado e contratou Fernando Miguel, ex-Atlético-GO, para ser o goleiro titular visando a Libertadores. Mas o experiente jogador falhou nos primeiros jogos. Desta forma, Vojvoda optou pela mudança e escolheu o cria das categorias de base do Tricolor para assumir o posto.

Desde então, Max disputou cinco partidas seguidas como titular e levou apenas dois gols. No momento, ele é o dono da posição. E pensar que em 2021 a trajetória do goleiro no Fortaleza ficou perto do fim. No ano passado, chegou uma proposta do Náutico-PE. Ele queria ir, mas Vojvoda quis que o jogador ficasse.

"Era uma situação boa pra mim. Estava como terceiro goleiro. Cheguei, conversei com o professor, nós nos alinhamos. Ele mostrou o que pensava de mim, não só do momento, mas também pra frente. Foi algo que aceitei numa boa."

Demorou, mas chegou o momento de Max Walef no Fortaleza. É muito merecido. É um jogador que lutou bastante para alcançar o posto de titular. Agora é a vez dele. A permanência no time principal depende apenas dele.