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Presidente do Ceará abre jogo sobre contratação de Lucho González
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Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi

Lucas Mota esportes

Presidente do Ceará abre jogo sobre contratação de Lucho González

Coluna entrevista presidente do Ceará, Robinson de Castro, para entender processo de escolha por Lucho González. Principais tópicos da conversa: perfil traçado, referências empolgantes, propostas recusadas pelo argentino e conhecimento do técnico sobre o clube
Lucho González vai ter primeiro trabalho como técnico (Foto: Staff Images / CONMEBOL)
Foto: Staff Images / CONMEBOL Lucho González vai ter primeiro trabalho como técnico

Lucho González é o novo treinador do Ceará com contrato até o fim de 2022. A coluna conversou com o presidente do Alvinegro, Robinson de Castro, para entender o processo de escolha pelo argentino, que vivenciará no Vovô sua primeira experiência como treinador de futebol aos 41 anos.

A diretoria do Ceará trabalhou no mercado por dez dias entre o anúncio da demissão de Marquinhos Santos, que deixou o cargo após perder o Clássico-Rei pela Série A em 14 de agosto, e da contratação de Lucho González, oficializada nesta quarta-feira, 24.

"Fomos no mercado, analisamos vários nomes, pegamos informações de cada um dos profissionais, checamos as informações, verificamos alguns modelos de jogo alinhado à capacidade de gestão do grupo. Levamos o tempo necessário. O Juca estava aí, a gente confia nele", explicou Robinson.

A presença do auxiliar fixo Juca Antonello tranquilizou os dirigentes na busca pelo novo treinador. "O Juca faz um baita trabalho, muito respeitado pelos atletas pelo conteúdo que sempre passou. A gente teve toda a tranquilidade para no tempo certa fazer uma escolha com convicção", afirmou.

Escolha baseada em perfil

A diretoria traçou um perfil e passou a listar treinadores que poderiam assumir o clube. Os principais pontos que influenciaram na escolha do novo comandante: espírito de liderança, conhecimento da competição e da logística e capacidade de simplificar conceitos táticos sem necessidade de uma reestruturação.

O presidente do Ceará explica que o clube fez uma avaliação para ter o encaixe ideal entre o perfil do treinador com o do elenco alvinegro. "Foi uma escolha com convicção. Fizemos um perfil e buscamos obedecer aquele perfil, com diagnóstico interno do perfil dos atletas que temos, e precisávamos de um comando para esse grupo."

Referências empolgantes

As referências de Lucho González deram confiança para a diretoria do Ceará decidir avançar na negociação com o argentino, que se aposentou como jogador de futebol em 2021.

"Todo mundo que o conhece, trabalhou com Lucho, não fala bem, eles entram em êxtase de tão empolgados que ficam quando falam sobre o Lucho pela pessoa, liderança e pelo conteúdo. Eles têm Lucho como um cara que será um grande treinador na carreira, diferenciado, alguém que está pronto", disse Robinson.

Um ano antes da aposentadoria, Lucho já havia iniciado a preparação para se tornar treinador. O argentino tirou a licença B da CBF e a PRO da AFA e se tornou auxiliar técnico do Athletico-PR no começo de 2022, quando o clube teve como treinador Alberto Valentim. O novo comandante do Alvinegro esteve à frente do Furacão como interino em uma partida contra o Coritiba pelas semifinais do Campeonato Paranaense.

Lucho recusou outras propostas para ser treinador

O ex-jogador poderia ter iniciado a carreira antes do convite do Ceará, mas acabou recusando propostas. De acordo com o presidente do Vovô, Lucho chegou a receber ofertas de dois clubes argentinos e um equatoriano desde que se aposentou como atleta.

"Já deveria ter sido treinador, mas ele mesmo recusou. Não foi por falta de convite (que ainda não tinha tido experiência como técnico), mas porque o próprio Lucho quis esperar mais um pouco para estar pronto", contou o mandatário alvinegro.

"Tinha convites do Equador e da Argentina. Ele quis vir (ao Ceará) porque confia no elenco e acha que não estamos onde deveríamos estar (na tabela da Série A", completou.

Argentino preparado em entrevista

A conversa direta entre dirigentes e o argentino foi outro ponto fundamental do processo que culminou na contratação de Lucho. O conhecimento do treinador sobre o Ceará surpreendeu positivamente a diretoria.

"Ele veio preparado para a entrevista. Falou sobre o ambiente que vivemos no futebol, a logística, os atletas, jogos, necessidades táticas, o que precisa ajustar, fazer algo mais pragmático nesse primeiro momento para depois implementar novas ideias de uma forma mais segura", comentou Robinson.

Críticas sobre escolha por treinador inexperiente

A coluna questionou o presidente do Ceará sobre as críticas por parte da torcida pela escolha da diretoria em Lucho, que nunca teve experiência como treinador. Eis a resposta do dirigente:

"O Dorival foi extremamente criticado, chamado de ultrapassado, retranqueiro, que estava defasado por ter ficado muito tempo fora do futebol. A gente estudou bastante o Dorival. E estudamos o Lucho para trazê-lo."

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