O caminho do título do Campeonato Cearense para Ceará ou Fortaleza passa pelo meio de campo. Nos últimos dois Clássicos-Rei, os jogadores do setor, mais especificamente os volantes, tiveram papéis fundamentais na construção de jogo e, consequentemente, nas vitórias de cada equipe.

No embate da semifinal da Copa do Nordeste, o técnico Gustavo Morínigo mudou a dupla de volantes e apostou na entrada de Caíque como titular ao lado de Richardson. Uma composição com dois atletas de forte marcação e com qualidade para desenvolver as fases seguintes do jogo após roubadas de bola.

A transição do Ceará, muito bem treinada por Morínigo, foi fundamental para vencer a partida. Esta fase do jogo do Alvinegro é facilitada quando os volantes conseguem combater o avanço do adversário, ganhar a posse de bola e acionar as peças de ataque do time. O objetivo é deixar Erick e Janderson em condições de um contra um, aumentando as chances de jogadas de perigo.

No primeiro encontro da final do Estadual, o Fortaleza anulou a estratégia alvinegra. E fez isso a partir de uma mudança promovida pelo técnico Juan Pablo Vojvoda. Além do esquema diferente, passando para o 4-3-3, o argentino escalou Lucas Sasha para atuar ao lado de Caio Alexandre.

A dupla de volantes foi decisiva na construção de jogo tricolor. Lucas Sasha foi o homem mais combativo no meio de campo. Caio Alexandre, jogador mais regular do elenco do Leão, também ajudava na marcação e distribuía bolas com facilidade.

Com o ganho do meio de campo, o Fortaleza dominou a fase ofensiva e sufocou o Ceará, que não conseguia avanços e pouco incomodou o adversário. Ademais do combate no meio de campo e a distribuição do jogo, Sasha e Caio participaram da fase ofensiva e apareceram como peças surpresas na área alvinegra. Os dois marcaram os gols da vitória tricolor.

Para o segundo e decisivo jogo, Caio e Sasha devem ser os escolhidos por Vojvoda para formar a dupla de volantes titular. No Ceará, Morínigo não pode escalar Richardson, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Caíque e Arthur devem formar a parceria na meia cancha.

A dupla que exercer melhor o seu papel vai facilitar o trabalho do setor ofensivo e deixar a sua equipe mais próxima da vitória.

Desfalques

Fora Richardson, não há nenhuma outra novidade quanto às ausências para o Clássico-Rei. No Alvinegro, não podem jogar a final Álvaro e Pedro Lucas porque não foram inscritos no Estadual, além dos recém-contratados Pedrinho e Erick Pulga.

No Tricolor, os reforços Bernardo Schappo e Vinicius Zanocelo estão foram pelo mesmo motivo, assim como Maurício Kozlinski. No Departamento Médico, seguem lesionados João Ricardo e Pedro Rocha.