Jogo ofensivo e equilíbrio na defesa: os desafios de Barroca no Ceará
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Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
Jogo ofensivo e equilíbrio na defesa: os desafios de Barroca no Ceará
O atual comandante do Vovô faz parte da prateleira de treinadores nova geração, que priorizam a posse de bola e o jogo ofensivo. A motivação da diretoria pela troca de técnico passa justamente por isso
Foto: Marcelo Vidal/Ceará SC
Eduardo Barroca comandou Vovô no jogo decisivo
Com cinco dias apenas para preparar o Ceará, Eduardo Barroca estreia à frente do clube com a necessidade de vitória na Série B do Campeonato Brasileiro para afastar o ambiente turbulento no Porangabuçu.
A diretoria surpreendeu na última segunda-feira, 24, ao demitir Gustavo Morínigo e anunciar o novo treinador. A decisão não ficou imune a críticas de parte da torcida e trouxe pressão por resultados a menos de dez dias a final da Copa do Nordeste.
Não concordo com a escolha da diretoria. Achei precipitada e muito arriscada. Demitir um treinador que tinha bons resultados e capacidade de reverter a situação na Série B — o Ceará perdeu os dois primeiros jogos na competição — e que construiu a vantagem na final do Nordestão, a meu ver, é um erro de planejamento da cúpula alvinegra.
Dito isso, vamos aos desafios de Barroca no Porangabuçu. O atual comandante do Vovô faz parte da prateleira de treinadores nova geração, que priorizam a posse de bola e o jogo ofensivo. A motivação da diretoria pela troca de técnico passa justamente por isso. Na avaliação dos dirigentes, Morínigo implementou na equipe uma postura reativa.
O primeiro desafio do técnico será armar uma equipe que saiba atuar com a posse de bola, propondo o jogo desde o início. E, de fato, o Ceará sob o comando de Morínigo tinha dificuldade de efetuar um plano propositivo. Quando enfrentou times que se fechavam para atuar no contra-ataque, o Alvinegro teve problemas.
E na Série B, com o Ceará entre os favoritos, este cenário com adversários na "retranca" deve se repetir com frequência. Barroca tem potencial para efetuar esta mudança tática com êxito. Peças no elenco ele tem. Embora haja críticas sobre a qualidade do grupo de jogadores, o Alvinegro é um dos melhores times da Segundona — pelo menos no papel.
Outro desafio para Barroca é ajustar a defesa. É um ponto crítico da equipe cearense. Há oito jogos o Ceará leva pelo menos um gol. A fragilidade defensiva impediu o time de resultados melhores. O novo treinador precisa encontrar a sustentação ideal e o equilíbrio entre os setores.
A recuperação de atletas também está entre as principais missões do comandante. Jogadores trazidos para desempenhar papel importante no Ceará, como Jean Carlos, Chay e Luvannor, estão devendo. O trio citado, por exemplo, seria titular na maioria dos times da Série B. Resgatar a confiança destes atletas será fundamental para equilibrar a força da equipe.
Quem acompanha o Ceará desde o início da temporada sabe que há um desnível grande entre o time titular e o reserva. No segundo tempo, quando é necessário efetuar trocas, o Vovô cai de produção.
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