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De Éverson a Moisés: quem é o agente por trás de vendas milionárias do futebol cearense
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Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi

Lucas Mota esportes

De Éverson a Moisés: quem é o agente por trás de vendas milionárias do futebol cearense

O feito mais recente foi o atacante Moisés, que se tornou a maior venda do futebol nordestino ao se transferir do Fortaleza para o Cruz Azul-MEX por R$ 24,5 milhões. No currículo do agente, estão ainda o goleiro Éverson, o zagueiro Valdo e o volante Richardson
Tipo Opinião
Lenilson Santana levou Éverson, Richardson, Valdo e Moisés para jogar no Ceará e Fortaleza (Foto: REPRODUÇÃO)
Foto: REPRODUÇÃO Lenilson Santana levou Éverson, Richardson, Valdo e Moisés para jogar no Ceará e Fortaleza

Nos bastidores do futebol cearense, o sergipano Lenilson Santana teve papel importante na intermediação da vinda de jogadores para Ceará e Fortaleza, que renderam em campo e deram retornos financeiros posteriormente. Somadas as transações, os atletas trazidos pelo agente proporcionaram mais de R$ 38 milhões aos cofres do Alvinegro e do Tricolor.

"Nunca errei no futebol cearense", diz ele, orgulhoso, à coluna.

O feito mais recente foi o atacante Moisés, que se tornou a maior venda do futebol nordestino ao se transferir do Fortaleza para o Cruz Azul-MEX por R$ 24,5 milhões. No currículo do agente, estão ainda o goleiro Éverson, o zagueiro Valdo e o volante Richardson, fruto da parceria com o Ceará. O trio rendeu R$ 14,26 milhões em negociações no mercado.

Em parceria com outros dois agentes, José Renato Martinez e Fabiano Soares, Lenilson atuou para concretizar a vinda de Moisés ao Fortaleza. O atacante marcaria a primeira negociação do empresário com o Fortaleza. Anteriormente, ele já havia construído uma relação com o Ceará, na contratação de jogadores como o zagueiro Valdson, volante Michel Guerreiro e o meia Geraldo, além de Éverson, Richardson e Valdo.

"Eu tinha vontade de trabalhar no Fortaleza. Já tinha uma vínculo muito grande com o Ceará, mas queria apresentar jogadores ao Fortaleza. A oportunidade surgiu para o Moisés. O Marcelo (Paz) abriu as portas, confiou em mim. Eu nunca errei no futebol cearense. Ele confiou e foi tudo isso que aconteceu", disse Lenilson.

Um dos pontos que poderia atrapalhar uma negociação envolvendo o Moisés, quando havia se destacado na Série B pela Ponte Preta, em 2021, era o fato de o atacante nunca ter feito base. Até 2018, o jogador atuava no futebol amador. Mas isso não foi problema para o presidente do Fortaleza, que acreditou no potencial do atleta.

"Moisés um jogador com muita força e velocidade e muita técnica. Ele dribla com facilidade. Moisés nunca teve base, começou em pelada de bairro. Em outro clube iam dizer que ele não teve base. O Marcelo viu o futuro e o presente e ajudou muito o Moisés", afirmou.

Ceará fez vendas milionárias

A parceria com o Ceará teve início na gestão de Evandro Leitão e seguiu com o sucessor Robinson de Castro. Foi com o trio do Confiança-SE indicado por Lenilson que o Ceará começou a mudar o status no mercado da bola, passando a ser um clube que também vende atletas.

Na época, Lenilson trabalhava com vários jogadores do Confiança-SE. O primeiro a desembarcar no Porangabuçu vindo do Dragão foi o goleiro Éverson, em 2015. No início de 2019, o arqueiro foi negociado ao Santos por R$ 4 milhões.

No segundo semestre do ano seguinte, o Ceará ainda recebeu mais R$ 1,2 milhão quando o arqueiro foi vendido pelo Peixe ao Atlético-MG. O valor é referente a 20% dos direitos econômicos que o Alvinegro possuía.

Valdo e Richardson chegaram ao Vovô em 2016. O volante foi vendido em 2019 por R$ 5 milhões para o Kashiwa Reysol-JAP, enquanto o zagueiro negociado em 2020 com o Shimizu S-Pulse por R$ 4,06 milhões.

"Eles já demonstravam qualidade no Confiança. Só precisavam de uma camisa de peso que se destacariam para o Brasil", disse Lenilson, que largou o mercado de eventos para ingressar no futebol a convite de Paulo Carneiro, ex-presidente do Vitória.

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