Dominar, jogar bem e sair derrotado dentro de campo. O Ceará já não tem tempo para comemorar qualquer situação de jogo que não seja a vitória na Série B. O desempenho positivo diante do Rubro-Negro baiano foi completamente ofuscado por mais um revés fora de casa. E o pior: o time do Porangabuçu viu a distância do G4 aumentar novamente para oito pontos.

Sem eficiência para colocar a bola para dentro, de nada adianta dominar o adversário como fez o Vovô diante do vice-líder da Segundona, em Salvador. Os cearenses finalizaram 20 vezes contra oito do rival baiano. Do total de finalizações, o Alvinegro só acertou o alvo em seis chutes. É pouquíssimo para a equipe que busca reagir na tabela.

A péssima campanha do Ceará no primeiro turno colocou o time num cenário de urgência na Série B. Vencer em casa, mas não conquistar os três pontos fora já não adianta. Com Guto Ferreira, a equipe está invicta como mandante e sem uma única vitória como visitante.

É claro que o Vovô precisa de atuações mais convincentes, e tem até melhorado sob o comando de Guto. Porém, em meio à urgência de subir na tabela, o resultado positivo se torna mais necessário do qualquer outro aspecto.

O meu amigo de redação Thiago Minhoca, comentarista da Rádio O POVO CBN, me perguntou nesta segunda-feira, 14, no FutCast, por que o Ceará não superou o Vitória diante do domínio em campo? A resposta é simples: faltou competência na finalização. Em 90 minutos, nenhum atleta alvinegro conseguiu superar o goleiro Lucas Arcanjo.

E olha que teve tempo de sobra. O Vitória balançou as redes aos 13 minutos do primeiro tempo. Depois disso, o Ceará controlou as ações ofensivas, mas não teve eficiência para converter chances claras em gols. Assim fica muito difícil subir, e o acesso não passará de um sonho em 2023.