Mais um vexame do Ceará na Série B. O time do Porangabuçu abriu 2 a 0 sobre o frágil Tombense com dez minutos de partida, abdicou do jogo e sofreu o empate no segundo tempo, com gol nos acréscimos. Falar que vai reagir e fazer "pacto" para não perder, como revelou David Ricardo dias antes do confronto, não garantem vitória. Só ilude o torcedor.

E de falsas promessas e tropeços, a torcida alvinegra já não aguenta mais. Em campo, a realidade do Ceará é dura. O Vovô na Série B é uma equipe sem alma, organização e eficiência.

Nem quando abre 2 a 0 tem a mínima competência de segurar um resultado que parecia fácil. Diante do Tombense, o Ceará foi agressivo e equilibrado por 10 minutos. Depois disso, o escrete alvinegro se contentou em observar o rival mineiro jogar.

O Tombense chegou a ter 70% de posse de bola em determinado momento da partida. Enquanto isso, os alvinegros olhavam o adversário trocar passes com tranquilidade. Não havia combate. Os donos da casa não eram incomodados com a pelota sob seu domínio.

O Gavião Carcará finalizou 21 vezes contra apenas seis do Vovô. Se fosse um elenco mais qualificado, os mineiros teriam saído de campo com a vitória. No segundo tempo, os cearenses só deram dois chutes.

O técnico Guto Ferreira se perdeu por completo nas substituições. Mesmo com o Tombense encurralando o Ceará, o treinador promoveu mudanças que fizeram a equipe recuar ainda mais. E foi castigado.

Já falei aqui e repito: o acesso não passará de um sonho em 2023. É hora de parar, refletir e começar a se organizar para a próxima temporada. O desempenho até aqui na Série B está muito aquém do que o time do Porangabuçu tinha condições de entregar. Não há só um culpado. A situação do Alvinegro é a somatória de erros e de incompetência que engloba todo o clube.