Do pior momento da vida à final da Sula: como o Fortaleza fez bem a Caio Alexandre
Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
Do pior momento da vida à final da Sula: como o Fortaleza fez bem a Caio Alexandre
Os dois vivenciaram momentos turbulentos no passado, mas deram a volta por cima, em parte juntos, e estão a 90 minutos do título inédito da Sul-Americana 2023
As histórias se cruzam. Fortaleza e Caio Alexandre. Os dois vivenciaram momentos turbulentos no passado, mas deram a volta por cima, em parte juntos, e estão a 90 minutos do título inédito da Sul-Americana 2023.
O Tricolor encarou o pior momento da sua história centenária entre 2010 e 2017, período do martírio na Série C do Campeonato Brasileiro. Antes da redenção do acesso, muito sofrimento e fracassos.
De 2018 pra cá, o Fortaleza só subiu. Enfileirou troféus e fincou a bandeira no cenário nacional. Agora todos falam bem do clube do Pici. O trabalho da diretoria comandada por Marcelo Paz, a condução de Rogério Ceni e Juan Pablo Vojvoda e o comprometimento dos elencos formaram o elo necessário para o escrete vermelho, azul e branco ascender até a final da Sul-Americana.
Já Caio Alexandre, revelado no Botafogo, deixou o Brasil para viver a primeira experiência internacional na carreira após ser comprado pelo Vancouver Whitecaps, do Canadá. O que parecia um sonho para o jogador virou um pesadelo.
"Acho que foi o pior momento da minha vida, eu chorava todos os dias por viver um momento de ser escanteado no clube. Fazer um trabalho e não ser reconhecido, acho que tive lesões que prejudicaram muito. Mas eu pedia a Deus todos os dias, ajoelhava olhando pro céu pedindo a Deus uma oportunidade de ser feliz novamente", revelou o volante na zona mista logo após a classificação para a final da Sula.
Quis o destino unir Fortaleza e Caio Alexandre. O casamento perfeito. O meio-campista de 24 anos desembarcou no Pici em agosto de 2022. Naquele momento, o Leão sofria com a lanterna da Série A.
O camisa 8 foi peça fundamental na surpreendente recuperação do time na Série A, deixando a zona de rebaixamento e terminando a competição com vaga para a pré-Libertadores. E segue sendo um jogador superimportante na engrenagem tática montada por Vojvoda.
Caio recuperou a alegria de jogar futebol e vive o melhor momento da carreira vestindo a camisa do tricolor cearense. Em paralelo, o clube fundado por Alcides Santos também se encontra no ponto mais alto de sua história, próximo de um título internacional.
“Deus me trouxe para um lugar tão maravilhoso, que hoje eu desempenho meu melhor futebol na carreira. É continuar assim, vivendo grandes coisas. A gente não pode pensar em parar por aqui", disse Caio.
É notável o quanto o Fortaleza fez bem a Caio. Não só pelo futebol vistoso em campo. Mas, principalmente, pelos gestos fora de campo. O jogador é só sorrisos e elogios ao Leão. É pura felicidade estampada no rosto. É pura alegria com a pelota nos pés. O volante representa completamente o estado de espírito do clube e do torcedor tricolor.
E a relação de sucesso está apenas começando. Caio será comprado pelo Fortaleza em definitivo no final da temporada.
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