Pronto para qualquer missão. O apelido carinhoso de Soldado Alvinegro resume o que foi a dedicação de Dimas Filgueiras ao Ceará. Como treinador, jogador e outros cargos que exerceu no clube, como dirigente, o carioca construiu uma história de conquistas e amor ao clube do Porangabuçu.

Dimas nos deixou ontem, aos 79 anos, após falência múltipla de órgãos. Lutava contra o Alzheimer desde 2015. O Soldado se foi, mas deixou um legado de glórias pelo Alvinegro em 46 anos dedicados ao clube que aprendeu a amar.

Foram mais de 500 jogos pelo Vovô como jogador e treinador. A sala de troféus do clube do Porangabuçu tem a contribuição direta de Dimas em 13 títulos.

Enquanto esteve no clube, Dimas esteve de prontidão para ajudar o Ceará em qualquer situação. Era um espécie de opção segura para resolver situações delicadas. Foi assim em 2010, quando recebeu a convocação para assumir como treinador e salvar o time do rebaixamento da Série A. Foi lá, cumpriu a missão e ainda garantiu uma vaga na Sul-Americana, algo inédito para a agremiação na época.

Dimas é ídolo máximo do Ceará. A história dele e do clube estão conectadas de maneira profunda. O crescimento do clube passa pelo árduo trabalho do Soldado.

Recebeu diversas homenagens em vida. O vestiário do CT do Ceará leva o nome dele. Quando já lutava contra o Alzheimer, foi ao clube com familiares visitar a nova estrutura em sua homenagem, em 2019, num dos últimos momentos dele no Porangabuçu.

No velório, figuras importantes do Ceará compareceram para dar o último adeus a Dimas. O presidente João Paulo Silva, o ex-presidente e atualmente deputado estadual Evandro Leitão, o presidente do Conselho Deliberativo, José Barreto Filho, e ex-jogadores ídolos do clube, como João Marcos.

Daqui para frente, a missão de todos que comandam e dos que venham a comandar o clube é manter o legado e a história de Dimas Filgueiras vivos. Ele merece ser lembrado eternamente. Foi um dos maiores alvinegros de todos os tempos. A missão dele foi cumprida. Descanse em paz, Soldado.