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Hat-trick de Deyverson escancara a oscilação de um Fortaleza que ainda não se encontra
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Lucas Mota é editor-chefe de Esportes do O POVO e da rádio O POVO CBN. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi

Lucas Mota esportes

Hat-trick de Deyverson escancara a oscilação de um Fortaleza que ainda não se encontra

A reação do Fortaleza em Belo Horizonte, diante do Atlético-MG, merece destaque, obviamente. Por outro lado, é mais um jogo em que o Tricolor desperdiça a chance de um resultado melhor, tropeçando nas próprias pernas
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Deyverson, do Fortaleza, marca hat-trick contra o Atlético-MG (Foto: Mateus Lotif / Fortaleza EC)
Foto: Mateus Lotif / Fortaleza EC Deyverson, do Fortaleza, marca hat-trick contra o Atlético-MG

Às vezes, fico com a impressão de que o maior adversário do Fortaleza é o próprio Fortaleza. Uma noite de hat-trick de Deyverson deveria ser de comemoração por uma vitória que deixaria o Leão a apenas dois pontos de sair da zona de rebaixamento.

A reação do Fortaleza em Belo Horizonte, diante do Atlético-MG, merece destaque, obviamente. O time diminuiu de cinco para quatro pontos a distância para o primeiro clube fora do Z-4 — o Vitória, com 35. Por outro lado, é mais um jogo em que o Tricolor desperdiça a chance de um resultado melhor, tropeçando nas próprias pernas e facilitando o caminho do gol para o adversário.

O primeiro tempo foi tenebroso. O Fortaleza saiu em desvantagem de 2 a 0, com dois gols sofridos em lances sobre Lucas Gazal, que falhou na marcação de Hulk e Vitor Hugo e não aproveitou a oportunidade como titular.

O Tricolor não marcou, nem atacou. A postura dos comandados de Martín Palermo não condizia com a importância da partida. Apático e desorganizado, o Leão lembrou os piores momentos sob o comando de Renato Paiva.

Os números da etapa inicial escancaram a pobreza ofensiva: Crispim não deu nenhum passe decisivo; Deyverson não finalizou; Herrera e Breno Lopes não driblaram ninguém; e a dupla de zaga, Gazal e Ávila, não venceu um duelo sequer.

No segundo tempo, o Fortaleza reagiu. Esboçou uma melhora com um gol relâmpago de Deyverson, adiantou a marcação e passou a criar boas chances. No melhor momento da equipe, Ávila entregou o gol de bandeja para Dudu fazer 3 a 1.

Mesmo com o baque, o time não se entregou. O segundo gol do Fortaleza também veio de bandeja — um pênalti assinalado com auxílio do VAR, convertido por Deyverson.

O jogo ficou aberto, com os dois times se lançando ao ataque. Foram 17 finalizações do Galo contra 12 do Leão na etapa final.

Quando a derrota parecia certa, Deyverson apareceu de novo, concluindo o cruzamento de Guzmán com um gol esquisito — uma tentativa de domínio que virou finalização e entrou.

Um jogo de altos e baixos do Fortaleza. O empate é pouco diante da urgência de pontuar, mas mantém viva a esperança de que ainda é possível sair da zona de rebaixamento.

Foto do Lucas Mota

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