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Ceará e Fortaleza caem juntos: o roteiro mais cruel do futebol cearense
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Lucas Mota é editor-chefe de Esportes do O POVO e da rádio O POVO CBN. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi

Lucas Mota esportes

Ceará e Fortaleza caem juntos: o roteiro mais cruel do futebol cearense

Os dois chegaram à última rodada fora da zona, começaram vencendo seus jogos, mas terminaram derrotados e de volta à Segundona
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Ceará e Fortaleza perderam seus jogos na última rodada da Série A e foram rebaixados para a Segundona (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Ceará e Fortaleza perderam seus jogos na última rodada da Série A e foram rebaixados para a Segundona

Um dos roteiros mais cruéis da história recente do futebol cearense. Ceará e Fortaleza morrem abraçados e são rebaixados para a Série B do Brasileiro. Os dois chegaram à última rodada fora da zona, começaram vencendo seus jogos, mas terminaram derrotados e de volta à Segundona.

As duas quedas são retratos de campanhas ruins, sofridas, marcadas por erros e que machucam o torcedor — sempre fiel, sempre disposto a fazer loucuras pelo clube do coração.

O rebaixamento do Ceará é inacreditável. O time construiu, durante praticamente todo o campeonato, uma campanha de meio de tabela. A permanência estava nas mãos; a projeção era de um final de ano relativamente tranquilo. Quando venceu o Corinthians fora de casa, quebrando tabu e tudo, parecia consolidar uma trajetória sólida de permanência. Mas simplesmente não venceu mais ninguém depois disso. Engatou uma sequência de cinco jogos sem vitória e desabou para a Série B. Um colapso técnico e mental que expôs fragilidades profundas.

O Fortaleza viveu a vergonha praticamente durante todo o ano, colecionando vexames. A chegada de Palermo revitalizou o Tricolor quando o diagnóstico de queda já era tratado como certo. O Leão flertou com um feito histórico, uma arrancada memorável. Mas o abismo construído ao longo do campeonato era tão grande que nem os nove jogos de invencibilidade na reta final foram suficientes para evitar a queda.

O fim de 2025 é melancólico para o futebol cearense. O roteiro que se concretizou é duro de assimilar e deixa feridas abertas. Agora, o futebol local entra em luto e inicia, inevitavelmente, um processo de reconstrução.

Foto do Lucas Mota

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