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Um domingo para a mulher do século
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Lúcio Brasileiro é memória viva da sociedade fortalezense. Mantém coluna diária no O POVO e programa na Rádio O POVO CBN. É apontado como o jornalista diário mais antigo do mundo.

Lúcio Brasileiro comportamento

Um domingo para a mulher do século

Tipo Opinião
Beatriz, a Bibi do Chico 
 (Foto: 130621lucio)
Foto: 130621lucio Beatriz, a Bibi do Chico

Conheci Beatriz Gentil em 1956. Eu estava no último ano do Marista Cearense e assistia à aula, quando me chega um recado do diretor, irmão Benjamim, para comparecer ao seu gabinete.

Tratava-se, no caso, da transmissão de um convite da primeira-dama Nícia Marcílio para comparecer, na manhã seguinte, à residência do casal Francisco Philomeno, para ser informado de detalhes da Noite das Rosas, que iria acontecer no Palácio da Luz.

Beatriz, aos 33, me recebeu trajada em vermelho e usando sandálias de meio salto, um espetáculo, em linha esportiva.

Quando Ibrahim Sued a escalou para a lista das Dez Mais, o correspondente local de O Globo bateu em sua porta, querendo saber como havia recebido sua inclusão entre as elegantes brasileiras.

Pela resposta, se pode verificar quão inteligente era ela, pois não poderia nem demonstrar deslumbramento, que não seria verdadeiro; nem que não tinha dado importância, o que não seria cortês. Disse simplesmente: Meus sobrinhos cariocas fizeram um grande alvoroço.

Quando abri minha cobertura do Iracema Plaza, toda produzida pela perícia do Arialdo Pinho, ela virou-se para o marido e perguntou se já conhecia o apartamento. Reação do Chico: Bonitinho assim, não.

Numa das inúmeras festas que promovi lá em cima, trouxe consigo sua mãe, dona Sara, sempre apontada como a Rainha da Alta Sociedade, enquanto aqui residiu.

Devo a ela o conhecimento com seu tio, Luiz Eduardo Campello, industrial metalúrgico em São Paulo, que trouxe inclusive para almoçar em meu reduto cumbucano, junto com mulher Alice Moraes Barros, da elite quatrocentona.

Compareci à grande recepção oferecida pela união civil do primogênito Pedrinho com Solange Cartaxo, e honrado fiquei, ao ser escolhido para o cortejo apadrinhador da filha Júlia, outra grande festa, que por trama do destino não aconteceu quando seus pais se casaram, por luto na família do noivo.

Presidiu a Organização das Voluntárias por muitos anos, e as entidades pias sempre contaram com ela, tendo nesse mister provavelmente puxado à sua avó, dona Melinha Frota, que, quando partiu, todas as igrejas badalaram, face às permanentes colaborações.

Beatriz não apenas tocava piano, porém, também acordeom, tendo se apresentado, para aplausos de todos, em festa beneficente na Escola de Aprendizes.

Quando minha mãe partiu, compareceu às exéquias, o que muito tocou minha família.

Aliás, dela ganhei uma Bíblia de presente, num fim de semana promovido por Oto e Guida Sá Cavalcante, no Guajiru, do qual era convidada de honra.

Foto do Lúcio Brasileiro

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