De Glauber Paiva e Aderbal Nogueira, encontrei em Cinema: Arte e Sonho, de Magno Pontes e Régis Frota, Nirez Eterno.

Que veio ao encontro de um antigo desejo meu de prestar uma reverência a essa admirável personalidade da vida cearense.

Vamos ao documentário: Conheço Nirez há décadas, eu sempre fui um frequentador de sua casa-museu, pois lá sempre fiz questão de levar todo e qualquer amigo que goste de história, música e fotografias.

Sem mencionar aqueles que vêm a Fortaleza de outras cidades e de estados afora.

Algumas coisas sobre a vida de Nirez eu já conhecia, pois de tanto visitá-lo, já tinha ouvido dele muitos relatos.

Poder passar horas e horas simplesmente o ouvindo falar é algo diferente, mágico, até.

Eu tive chance de saber e "em baixo e bom som"; sim, baixo, pois Nirez fala com uma mansidão que nos faz viajar nas suas memórias até um passado distante.

A vida de qualquer pessoa cabe em um livro, um filme ou um documentário, porém, a de Nirez precisa de uma biblioteca ou uma série em inúmeros capítulos.

Pois são tantas nuances, que cada frase cai sobre nós, na maioria das vezes, como uma avalanche de percalços, refletindo sua vida.

Uma coisa que me chamou atenção é que muito de sua vida é uma doce comédia, apesar de algumas serem melancólicas.

Também a maneira de Nirez narrar seus fatos nos mínimos detalhes e quase sempre chegando ao final fechando com uma risadinha "que é só sua".

Que nos faz ver que em tudo se pode tirar uma gostosa lição da existência.

Aliás, espero poder transformar as muitas horas que não foram ainda usadas em uma série para o YouTube.

Pois, com certeza, será de grande valia para que todos possam conhecer com maior profundidade.

Como aquele garoto despreocupado e até lento, com o manejo do dia a dia.

Que passou de um descompromissado com a sobrevivência a um dos homens que apresenta um grande legado para com a nossa história.

Que, sem sombra de dúvida, será visitado, graças a Deus, com muito interesse pelas gerações futuras.

Optei terminar com um agradecimento a meu parceiro na empreitada, certo estando que ele, tanto quanto eu, está seguro de haver ensejado, nesse apanhado, conhecimento desse pequeno-grande homem que se chama Nirez.