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Ecos do Lustosa
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Lúcio Brasileiro é memória viva da sociedade fortalezense. Mantém coluna diária no O POVO e programa na Rádio O POVO CBN. É apontado como o jornalista diário mais antigo do mundo.

Lúcio Brasileiro comportamento

Ecos do Lustosa

Um perfil de Lustosa da Costa por Wilson Ibiapina
Lustosa da Costa trabalhou no Estadão (Foto:  Iana Soares, em 19/10/2011)
Foto: Iana Soares, em 19/10/2011 Lustosa da Costa trabalhou no Estadão

Lustosa foi um bom bebedor de uísque, alimentando com o precioso líquido escocês sua fascinante conversação, mas foi levado pelo cigarro, com o qual sempre foi excessivamente carinhoso.

Francisco José Lustosa da Costa, o primeiro de mais de dez irmãos, todos filhos de dona Dolores e seu Costa.

Todos cearenses, menos ele, Lustosão nasceu em Cajazeiras, na Paraíba, no dez de dezembro de 1938, mas foi o mais sobralense de todos.

Se orgulhava de ter começado menino, em 1954, no Correio da Semana, de Sobral, e haver morado na casa do Bispo.

Seu primeiro livro, Sobral do Meu Tempo, foi reeditado pelos amigos Edmo Linhares, Sérgio Braga, José Telles e Juarez Leitão, que proclamava ter sido a obra que lhe tinha dado mais satisfação.

Sobral foi o cenário dos 25 livros que publicou, dois deles, em Portugal. Entre outros, teve como protagonistas o grande colunista Lúcio Brasileiro, o médico Régis Jucá e o Papa da Publicidade, Tarcísio Tavares.

A trajetória do Lustosa foi rica, trabalhou na Ceará Rádio Clube, TV Ceará, depois foi editor dos jornais Correio do Ceará e Unitário, todos dos Diários Associados.

Fernando César, o mesmo que arranjou emprego para mim em jornal sul-riograndense, empregou Lustosa como repórter em O Estado de S. Paulo. Foi também colunista do Correio Braziliense.

Formado em Direito, Lustosa foi também professor de Sociologia da Universidade Federal do Ceará. Foi procurador do Ipase e técnico em Comunicação da Câmara dos Deputados.

Na coluna que publicou em primeiro de outubro, uma segunda-feira, ele fez uma declaração de amor ao Ceará, me citando: Wilson Ibiapina, num desses encontros mensais em Brasília, dos cearenses nostálgicos do torrão, cunhou a frase: A gente sai do Ceará, mas o Ceará não sai de nós.

Nunca deixei de ler os jornais da terra, escrever neles e visitar Fortaleza e Sobral. Sou e continuo a ser cearense por vontade própria.

E quando digo que Sobral não é uma cidade, é uma saudade chorando baixinho em mim, não se trata de força de expressão, nem de licenciosidade poética.

Sua família espalhou as cinzas dele na Princesa.

Essa foi uma de suas criações favoritas: A gente percebe que ficou velho, quando as mulheres só prestam atenção em nós para conferir se estamos na fila certa, isto é, dos idosos.

(Matéria tirada do livro Gente da Gente, do Wilson Ibiapina, de quem se tornou irmão civil em Brasília).

 

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