Marbênia Gonçalves Almeida Bastos é professora universitária de Bebidas e Harmonização. Tem Certificação na Wine & Spirit Education Trust. É Sommelière de Vinhos e Cerveja pela Associação Brasileira de Sommelier e Association de la Sommellerie Internationale – ASI. É Sommelière de Chá pelo Instituto CHÁ. Sommelière de diversas Confrarias de Bebidas, em Fortaleza
A cada final de ano nos reunimos com familiares e amigos para festejar as conquistas do ciclo que se encerra e brindar a chegada do novo ano. Dentre as tradições natalinas e de Réveillon estão as confraternizações, as ceias fartas e o costume de trocar presentes, como uma forma de gratidão, afeto e amizade.
A cachaça está ocupando um espaço cada vez maior nestes cenários de celebração, que remetem a momentos bem humorados, que vão desde as descobertas de novos sabores, até as lembranças de momentos bem divertidos.
Há inúmeras opções para enriquecer os festejos de final de ano com a famosa cachaça brasileira, ou seus derivados, tanto para compartilhar um brinde com pessoas amadas, como para se auto presentear e até mesmo iniciar ou ampliar a coleção de novos rótulos da adega de cachaça doméstica.
Há inúmeras formas de apreciar a cachaça. O modo de beber deve ser aquele que proporciona mais prazer ao consumidor. E, assim, como qualquer outro produto alimentício, o gosto pessoal do bebedor vai determinar quais os aromas e sabores lhe são mais agradáveis.
Algumas maneiras de beber podem comprometer a extração de aromas e sabores da cachaça e isso faz com que algumas de suas propriedades organolépticas não sejam percebidas.
Por exemplo, tem apreciador de cachaça que gosta de bebê-la em um copo de shot (dose), de uma única golada, tal prática não favorece a apreciação de todos os seus sabores.
A versatilidade de terroir e os modos de produção da cachaça permitem que ela possa ser consumida pura, gelada, com gelo ou como ingrediente de drinks, com frutas, ervas, especiarias.
Nesse calor, os drinks com cachaça são uma boa opção. O ideal é utilizar a cachaça prata, com amadurecimento em inox, ou com envelhecimento em madeira neutra, como o amendoim e o freijó, que conservam as características da cachaça pura. Um bom rótulo desse estilo de cachaça, com envelhecimento de um ano em Freijó, é a cachaça paraibana Serra Preta, de Alagoa Nova.
As cachaças com envelhecimento em madeiras que aportam aromas e sabores à bebida podem ser apreciadas puras e aqui, na temperatura do Nordeste, o ideal é que estejam geladas, entre 12 a 20ºC. Essa temperatura irá volatizar menos os aromas, mas ficará mais sedosa e macia no paladar.
Uma boa dica de cachaça para as festas é a Middas, de Dracena - São Paulo, que é a única que vem acompanhada de um frasco com flocos de ouro 23 quilates. Algumas famílias celebram o Natal com a Middas, pelo simbolismo do ouro, que foi um dos presentes recebidos pelo Menino Jesus, dos Reis Magos. Ela é reconhecida por sua alta qualidade, e figura como campeã em concursos nacionais e internacionais.
Outra cachaça especial e inovadora no processo de envelhecimento é a Princesa Isabel Soleira Brasileira, de Linhares, no Espírito Santo. Envelhecida no sistema de soleira, a bebida passa por diferentes tipos de madeiras: Jequitibá Rosa, Amburana, Castanheira, Jaqueira, Ipê e Freijó.
Em São Gonçalo do Amarante - Ceará, é produzida a Cachaça Cedro do Líbano Castanheira Extra Premium, que passa por envelhecimento em Castanheira.
Essa cachaça é bem aromática, apresenta nuances de nozes, amêndoas, frutas amarelas secas e notas amadeiradas. Na boca é macia e reproduz os aromas. Tem boa drincabilidade, é saborosa e fácil de beber.
Esse conteúdo é de acesso exclusivo aos assinantes do OP+
Filmes, documentários, clube de descontos, reportagens, colunistas, jornal e muito mais
Conteúdo exclusivo para assinantes do OPOVO+. Já é assinante?
Entrar.
Estamos disponibilizando gratuitamente um conteúdo de acesso exclusivo de assinantes. Para mais colunas, vídeos e reportagens especiais como essas assine OPOVO +.