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Brasil pode repetir, em Tóquio, o número de medalhas da Olimpíada de 2016
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Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo

Brasil pode repetir, em Tóquio, o número de medalhas da Olimpíada de 2016

Novo colunista do O POVO, Marcelo Romano traça o panorama geral do Brasil na Olimpíada de Tóquio e as possibilidade de o País igualar melhor resultado em jogos
Tipo Opinião
Bicampeão mundial, Gabriel Medina divide favoritismo com o também brasileiro Italo Ferreira (Foto: Reprodução / Facebook)
Foto: Reprodução / Facebook Bicampeão mundial, Gabriel Medina divide favoritismo com o também brasileiro Italo Ferreira

Com um ano de adiamento devido a pandemia de coronavírus, finalmente a Olimpíada de Tóquio se aproxima. A pergunta que todos fazem é se o Brasil terá condições de igualar a sua melhor colocação nos Jogos, que foi o 13º lugar no quadro de medalhas, justamente em 2016, com 7 ouros, 6 pratas e 6 bronzes.

A minha expectativa é que com a estreia de três novas modalidades em que o Brasil é forte, podemos, sim repetir as 19 medalhas. Para manter uma colocação próxima ao 13ª lugar será fundamental que duas delas, surfe e skate, nos deem pelo menos dois ouros.

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No surfe, o Brasil terá dois campeões mundiais: Italo Ferreira, vencedor em 2019 e Gabriel Medina, campeão em 2014 e 2018. Nesta temporada, eles têm dominado as etapas do Circuito Mundial e estarão entre os favoritos ao ouro olímpico.

No skate, o Brasil tem atletas candidatos a pódio em 3 das 4 provas. No street feminino por exemplo, 3 brasileiras estão entre as 4 melhores do ranking: Pamela Rosa, Rayssa Leal e Letícia Bufoni. No park masculino, Pedro Barros foi campeão mundial em 2018 e prata em 2017. Tem ainda Luiz Francisco, terceiro do ranking olímpico. No street masculino Kelvin Hoefler foi medalhista nos mundiais de 2017 e 2018 e costuma colecionar medalhas em etapas do circuito. A única prova em que o Brasil não terá favoritos no skate é o park feminino. Mesmo assim, Yndiara Asp e Dora Varela podem surpreender.

Outra modalidade estreante é o caratê. Até o momento não temos atletas garantidos, mas a expectativa é que pelo menos Vinicius Figueira e Valeria Kumizaki consigam classificação em eventos continentais. Na Olimpíada serão apenas 10 atletas em cada peso e os dois estão entre os melhores do mundo. Classificando, as chances de medalha são reais.

Além das novas modalidades, o Brasil é candidato ao ouro no vôlei e futebol masculino. Em esportes individuais, temos vários campeões mundiais no ciclo olímpico. No boxe, por exemplo, Bia Ferreira é a atual campeã mundial e imbatível nos últimos dois anos nos 60kg. Em torneios que disputou em 2021, ela não sabe o que é perder. Na canoagem, Isaquias Queiroz está em fase ainda melhor do que em 2016, quando conquistou três medalhas. O baiano é o atual campeão mundial da prova de C1 1000 metros e continua com a parceria com Erlon Souza no C2 1000 metros. A notícia ruim é que uma das provas em que Isaquias foi medalhista em 2016, o C1 200 metros, foi retirada do programa olímpico.

Na vela, a dupla campeã olímpica na classe 49er segue junta e muito entrosada. Martine Grael e Kahena Kunze novamente estão entre as favoritas ao ouro, pois costumam ter ótimo desempenho nas grandes competições. Na ginástica, Arthur Nory é o atual campeão mundial da prova de barra fixa. Na maratona aquática, Ana Marcela Cunha segue dominando as principais provas do circuito mundial, só faltando o ouro olímpico para coroar sua brilhante carreira.

Um fator que tem que ser levado em consideração nesta Olimpíada é justamente a pandemia. Apesar de os atletas estarem vacinados, pode ocorrer de alguém ser testado e apresentar o vírus, sendo afastado dos jogos.

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