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Judô brasileiro já foi " carro-chefe" nas Olimpíadas, mas não vive bom momento
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Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo

Judô brasileiro já foi " carro-chefe" nas Olimpíadas, mas não vive bom momento

Responsável por 22 medalhas olímpicas para o Brasil, modalidade vive fase em baixa. Principais esperanças são os atletas de categorias mais pesadas, como Maria Suelen e Rafael Baby
Esperança brasileira no judô, Rafael Baby vai tentar a terceira medalha olímpica na categoria mais de 100kg (Foto: Reprodução / Facebook)
Foto: Reprodução / Facebook Esperança brasileira no judô, Rafael Baby vai tentar a terceira medalha olímpica na categoria mais de 100kg

O judô é a modalidade que mais deu medalhas ao Brasil em Olimpíadas: 22. Só nas duas últimas edições foram sete: quatro em 2012, com um ouro de Sarah Menezes e três em 2016, com um ouro de Rafaela Silva. Foi considerada "carro-chefe", aquela que contribuía muito para o País no quadro de medalhas.

Mas, desta vez, as expectativas não são muito animadoras. O skate pode tomar o lugar do judô como "carro-chefe". Repetir as três medalhas de 2016 já será um resultado excelente. O Brasil terá judocas em 13 das 14 categorias em Tóquio. A boa notícia é a entrada de mais uma disputa, a por equipes, em que o Brasil foi bronze nos dois últimos mundiais.

Com exceção das duas categorias mais pesadas para mulheres e a mais pesada para os homens, o Brasil colecionou neste ciclo olímpico uma série de resultados decepcionantes nos outros pesos. E se trata de uma modalidade com competições durante todo o ano com participação dos brasileiros. Foram poucas medalhas nas principais competições, entre mundiais, masters e nos grand slams de Tóquio e Paris.

A medalhista de bronze nas duas últimas Olimpíadas, Mayra Aguiar, é uma das esperanças. Mas ela sofreu com contusões em todo o ciclo olímpico. Voltou a competir no mundial, em junho, após mais de um ano parada. Acabou sendo eliminada na segunda luta. O nome mais forte do feminino é Maria Suelen, na categoria acima de 78kg. Ela conquistou três bronzes em grand slams neste ano, além do bronze no mundial.

A turma que pode surpreender entre as mulheres tem as experientes Maria Portela e Ketleyn Quadros, que ganhou a primeira medalha do judô feminino brasileiro em 2008. Dois nomes importantes da história brasileira ficaram fora: Rafaela Silva, suspensa por doping, e Erica Miranda, que se aposentou.

No masculino, a aposta é em Rafael Baby, outro que tem dois bronzes olímpicos. Ele voltou a lutar bem neste ano e conseguiu duas pratas em torneios grand slam. A categoria de Baby tem o praticamente imbatível francês Teddy Riner, em busca do tricampeonato olímpico.

Dentre os outros seis atletas do masculino, as apostas estão nos novatos Daniel Cargnin nos 66kg e Eduardo Yudi nos 81kg. Eles fizeram boas competições, mas não conseguiram resultados expressivos.

O judô brasileiro já apresentou atletas que chegaram desacreditados e terminaram com medalhas em Olimpíadas, casos de Rogério Sampaio, Carlos Honorato, Henrique Guimarães e Felipe Kitadai. O país vai precisar apostar nesse histórico e nos atletas mais pesados, para não passar vexame na Olimpíada.

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