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O atletismo brasileiro na Olimpíada de Tóquio
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Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo

O atletismo brasileiro na Olimpíada de Tóquio

O principal nome da delegação é Alison dos Santos na prova dos 400 com barreiras.
Tipo Opinião
Martine Grael e Kahena Kunze estreiam representando o Brasil na vela 49erFX. Confira outros destaques do Dia 4 das Olimpíadas de Tóquio, onde assistir ao vivo e horário (Foto: Divulgação/CBO)
Foto: Divulgação/CBO Martine Grael e Kahena Kunze estreiam representando o Brasil na vela 49erFX. Confira outros destaques do Dia 4 das Olimpíadas de Tóquio, onde assistir ao vivo e horário

Nesta semana começam as provas do atletismo na Olimpíada de Tóquio. O Brasil terá 47 atletas disputando provas individuais, além de mais alguns para compor os revezamentos. Ao contrário da natação, que exigiu índices mais rígidos para Tóquio e fechou a delegação em 20 nomes, no atletismo a Confederação permitiu índices A e B. Desta forma, o Brasil terá chances de brigar por medalhas e finais de 10 a 12 provas. Nas demais fará apenas figuração. Delegações numerosas como as de Tóquio já ocorreram em outras edições de mundiais e Olimpíadas, com poucos resultados expressivos.

O principal nome da delegação é Alison dos Santos na prova dos 400 com barreiras. Desde o ouro nos Jogos Pan-americanos em 2019, o atleta conseguiu uma evolução impressionante. Este ano bateu o recorde sul-americano, conseguiu medalhas das duríssimas etapas da Liga Diamante e tem o 3º melhor tempo do ano. Somente 2 atletas tem conseguido superar Alison neste ano: o norueguês bicampeão mundial Karsten Warholm e o americano Rai Benjamim. Alison é candidato a medalha de bronze em Tóquio

Outra prova em que o Brasil vai brigar por medalha é o arremesso de peso masculino. Darlan Romani permanece entre os melhores do mundo. No mundial 2019, Darlan terminou em 4ª lugar, perdendo a medalha na última série de arremessos. Ele vai disputar em Tóquio com os americanos Ryan Crouser e Joe Covacs, além do neozelandês Thomas Walsh.

Na Rio 2016 ocorreu uma das maiores surpresas da história olímpica brasileira com o ouro de Thiago Braz, no salto com vara, com a impressionante marca de 6m03. Ao longo desses cinco anos de intervalo para a Olimpíada de agora, Thiago não conseguiu repetir boas marcas. Seu melhor resultado foi 5m92 em 2019. Não foi medalhista em campeonatos mundiais e nem nos Jogos Pan-americanos 2019. Este ano ele tem como melhor marca 5m82, ocupando o 8º lugar no ranking. Vai precisar novamente estar num dia inspirado para conseguir medalha.

Nas provas de marcha atlética 20 km, o Brasil tem dois nomes entre os tops do mundo e que podem surpreender. No feminino, Érica de Sena conseguiu ficar entre as melhores nos últimos três mundiais: 6º colocada em 2015, 4º em 2017 e 2019, além do 7º lugar na Olimpíada de 2016. O problema nesta prova é o domínio chinês. No último mundial, o pódio todo foi de chinesas que terão três atletas em Tóquio. No masculino, Caio Bonfim foi bronze no mundial 2017 e continua com boas marcas.

Outras provas em que os brasileiros podem disputar finais: revezamento 4x100 masculino, Altobeli da Silva nos 3 mil com obstáculos, Nubia Soares que tem a 6º melhor marca do ano no salto triplo, Andressa Morais e Fernanda Borges no lançamento do disco, Felipe dos Santos no decatlo, Augusto Dutra no salto com vara, Almir dos Santos no salto triplo e Samory Fraga no salto em distância.

DUPLA CAMPEÃ OLÍMPICA DA VELA ESTREIA EM BUSCA DO BI

Uma das principais chances de medalha de ouro do Brasil em Tóquio está na vela, com a atual dupla campeã olímpica da classe 49er, Martine Grael e Kahena Kunze (foto). Elas estreiam nesta terça-feira.

No mundial de 2018 as brasileiras terminaram na 4º colocação. Em 2019 venceram a etapa de Sófia da Copa do Mundo e o evento teste para a Olimpíada. Este ano no mês de março, as brasileiras venceram uma regata internacional na Itália, que contou com as principais duplas da classe. O mais importante é que superaram as holandesas campeãs mundiais de 2018 e 2019, Annete Duetz e Annemiek Bekkering, que ficaram apenas com o bronze.

A briga pelo ouro em Tóquio deve ficar entre brasileiras, holandesas e as dinamarquesas vice campeãs mundiais de 2019, Ida Nielsen e Marie Olsen, além das austríacas Tanja Frank/ Lorena Abicht.

O ouro de Martine e Kahena em 2016 foi o mais dramático de dos conquistados por brasileiros. Na regata final, conseguiram superar as neozelandesas Meech e Maloney nos últimos minutos. A vela tem um sistema bem interessante. Os velejadores competem um determinado número de regatas e os 10 melhores disputam a Regata da Medalha com pontuação dobrada de acordo com a posição que terminarem a prova.

 

Foto do Marcelo Romano

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