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Resumo da participação brasileira em Tóquio - 4ª parte
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Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo

Resumo da participação brasileira em Tóquio - 4ª parte

Avaliação do desempenho de atletas do Brasil em ginástica artística, ginástica rítmica e vela
Tipo Opinião
Rebeca Andrade é a maior campeã brasileira em Tóquio, somando duas medalhas: uma de ouro e outra de prata (Foto: Loic VENANCE / AFP)
Foto: Loic VENANCE / AFP Rebeca Andrade é a maior campeã brasileira em Tóquio, somando duas medalhas: uma de ouro e outra de prata

Comecemos pela ginástica artística. Desde 2001, quando Daniele Hypólito foi prata na prova de solo do Mundial, o Brasil vivia a expectativa de medalha olímpica no feminino. Jade Barbosa, Daiane dos Santos e Flavia Saraiva chegaram próximo. Coube a Rebeca Andrade quebrar o tabu e ainda com duas medalhas, tornando-se o principal destaque do País em Tóquio: ouro no salto e prata no individual geral.

Se a Olimpíada tivesse ocorrido em 2020, Rebeca não competiria pois se recuperava de mais uma operação no joelho. Em 2021, Rebeca chegou ao auge da forma em território japonês e brilhou.

No masculino, o campeão mundial da barra fixa, Arthur Nory sequer avançou às finais. Arthur Zanetti conseguiu a terceira final olímpica, mas desta vez ficou sem medalha. O Brasil teve ainda Flavia Saraiva na final da trave, Caio Souza na final do salto, Caio e Diogo Soares na final individual. Resultados que mostram o País inserido entre os melhores da modalidade, algo inimaginável até o início dos anos 2000.

Com a ausência em várias provas do fenômeno americano Simone Biles, a China foi o destaque com três ouros, três pratas e dois bronzes. Os EUA terminaram com dois ouros, duas pratas e dois bronzes, todas no feminino. A Rússia venceu as duas competições por equipes. O Japão teve dois ouros e cinco medalhas no total, quanto com o masculino.

Ginástica rítmica

Surpresa na modalidade. A Rússia, que vinha de vitórias em cinco Olimpíadas seguidas (de 2000 a 2016) perdeu as finais tanto do individual, quanto de conjunto. A israelense Lino Ashram, líder do ranking mundial, superou a russa tricampeã mundial Dina Averina. No conjunto, uma zebra ainda maior, com a derrota das russas para as búlgaras, que tinham três medalhas em mundiais no ciclo olímpico, mas sem ouro. O Brasil disputou o conjunto e terminou em 12º lugar entre 14 equipes, resultado já esperado. No mundial de 2019 o Brasil havia terminado em 13º.

Vela

Das 10 provas disputadas em Tóquio, a Grã-Bretanha levou três ouros, uma prata e um bronze. A Austrália dois ouros. Outros cinco países (incluindo o Brasil) ficaram com um ouro cada. Total de 16 nações com medalhas. A Holanda foi a decepção. Cotada para pelo menos três títulos, terminou com apenas um.

Martine Grael e Kahena Kunze conseguiram o bicampeonato olímpico na classe 49er FX, única medalha do Brasil na modalidade. Começaram a campanha com um 15º lugar na primeira regata, mas, a partir daí, mantiveram ótima regularidade e chegaram à regata da medalha empatadas com a dupla da Holanda. Assim como na Rio-2016, fizeram uma última regata excelente para garantir o segundo ouro.

Na classe Laser, Robert Scheidt fez boas regatas e até teve possibilidade de brigar por pódio. Mas acabou em oitavo lugar. Fernanda Oliveira/ Ana Barbachan também ficaram no top-10 da classe 470.

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