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Rebeca Andrade repete sucesso olímpico e fatura novamente duas medalhas, agora no Mundial
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Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo

Rebeca Andrade repete sucesso olímpico e fatura novamente duas medalhas, agora no Mundial

Ginasta brasileira conquistou um ouro nos saltos e uma prata nas barras assimétricas
Rebeca Andrade ficou com o ouro no salto e a prata nas barras assimétricas (Foto: Divulgação / CBG)
Foto: Divulgação / CBG Rebeca Andrade ficou com o ouro no salto e a prata nas barras assimétricas

Em plena forma física e técnica após três cirurgias de joelho na carreira, a ginasta Rebeca Andrade teve finalmente um ano espetacular. Depois de duas medalhas olímpicas, repetiu o desempenho no Mundial da modalidade, encerrado neste domingo. Foi ouro no salto e prata nas barras assimétricas. Com certeza ganhará, no final do ano, o prêmio Brasil Olímpico no feminino.

O Mundial não contou com o mesmo grau de dificuldade da Olimpíada. Países como China, Estados Unidos e Rússia enviaram equipes renovadas. Mas, no salto, hoje, dá para afirmar que Rebeca é imbatível. Foi a melhor na fase de classificação e na final tirou nota de 14,966. A vice-campeã Asia D’Amato fez 14,083. Na Olimpíada, Rebeca venceu com 15,083 contra 14.916 de Mykala Skinner. Só a americana Simone Biles, se voltasse ao auge, poderia desafiá-la.

A outra medalha de Rebeca veio nas assimétricas, primeira vez que uma brasileira consegue medalha neste aparelho em mundiais. Ela fez 14,633, contra 14,733 da chinesa Wei Xiaoyuan. Um detalhe interessante: Rebeca não participou do individual geral pois não competiu no solo. A pontuação que teve na Olimpíada, quando faturou a prata, lhe daria o ouro agora, caso disputasse.

A preocupação agora é manter as boas condições físicas devido ao histórico de lesões. Ela tem 22 anos e precisará de todos os cuidados de técnicos e médicos para se manter no auge para os próximos Mundiais, que ocorrem anualmente, Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 (competição que nunca disputou) a e Olimpíada de Paris-2024. Deve ser poupada de etapas de Copa do Mundo no ano que vem.

No masculino, Caio Souza se classificou para duas finais, mas ficou longe das medalhas. Foi sétimo nas paralelas e 13º no individual geral. Nessa prova, ele chegou a figurar entre os três melhores após quatro provas. Mas nos seus piores aparelhos, solo e cavalo com alças, despencou na pontuação. Arthur Nory, que defendia o título mundial na barra fixa, sequer ficou entre os oito melhores.

Das 12 medalhas de ouro em jogo no Mundial, que não teve a prova por equipes, a China levou cinco, mesmo com uma equipe bem diferente da que disputou a Olimpíada. O Japão, mesmo em casa, conseguiu duas e outros cinco países — incluindo o Brasil —, uma, cada. Só 11 países subiram ao pódio.

A ginástica brasileira passou a frequentar o quadro de medalhas dos Mundiai, somente a partir de 2001, quando Daniele Hypólito foi prata no solo. Hoje, tem 16 medalhas: Diego Hypólito (5), Arthur Zanetti (4), Rebeca Andrade (2), Jade Barbosa (2); Arthur Nory (1), Daiane dos Santos (1) e Daniele Hypólito (1).

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