Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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A vice-campeã olímpica Bia Ferreira faturou sua segunda medalha na história dos Mundiais de boxe feminino, evento encerrado semana passada, na Turquia. Em 2019, foi ouro e agora prata em 2022 na categoria 60kg.
A campanha dela até a final foi irretocável: uma vitória por nocaute técnico ao fim do 2º round na luta de estreia e outras três vitórias por 5 a 0 na avaliação dos árbitros. Na final, enfrentou a americana Rashida Ellis, de quem só havia perdido um combate em cinco realizados. Porém, a americana estudou muito bem a brasileira e acabou vencendo em uma decisão bem apertada dos árbitros, 3 a 2.
Nessas lutas de boxe muito iguais, vale sempre consultar um especialista no assunto. Eu perguntei ao jornalista Wilson Baldini, profundo conhecedor e estudioso do boxe. “Achei que a americana marcou bem a Bia. Soube contra-atacar, não deu chances. A luta foi equilibrada”, avaliou Baldini.
Assim, Bia Ferreira começa o ciclo olímpico de Paris com uma nova rival a ser batida. Além da irlandesa Kellie Harrington, de quem perdeu em Tóquio, mas que ficou fora do Mundial por contusão, agora terá de estudar uma nova forma de superar a americana Ellis.
O Brasil faturou uma segunda medalha no mundial: Caroline Almeida nos 52kg, que não é olímpica, foi bronze após vencer três lutas e perder a semifinal para a indiana Nikhat Zareen, que acabaria campeã. Os pesos olímpicos são 50kg e 54kg. Caroline não deve ter dificuldades em perder ou ganhar dois quilos para tentar disputar a Olimpíada.
Na categoria dos 57kg, Jucielen Romeo venceu duas lutas, mas parou nas quartas de finais diante de Lin Yu-ting, de Taipei, outra que acabaria campeã. Nos 75kg, Viviane Pereira perdeu logo na estreia. O Brasil teve o desfalque de Beatriz Soares, que vinha em boa fase este ano, mas foi cortada por lesão.
Das seis categorias olímpicas, a Turquia venceu três, aproveitando o fator casa. O destaque principal foi Busenaz Surmeneli, bicampeã dos 66kg, além de campeã olímpica. Os outros três ouros foram para Canadá, Estados Unidos e Taipei. Na categoria dos 75kg, destaques para as medalhas de prata do Panamá, com Atheyna Bylon, e de bronze de Moçambique, com Rady Gramane. O Mundial foi disputado por 310 atletas de 72 países.
Ainda não há data definida para o próximo Mundial feminino, mas ele deve ocorrer dentro do ciclo Paris-2024. O Brasil soma agora seis medalhas em Mundiais femininos. Foi a primeira vez que conseguiu duas em uma edição.
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