
Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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A partir de quinta-feira, 16 de março, tem mais uma edição do mundial de boxe feminino, desta vez na India. Evento ocorreu ano passado, mas agora estará bem esvaziado. Isso porque 9 países vão boicotar o evento, em protesto contra a provável participação de atletas da Rússia e Belarus. Potências como Estados Unidos, Irlanda, Grã-Bretanha e Canadá, além de Holanda, Polônia, Suécia, Ucrânia e República Tcheca, não enviarão atletas. O presidente da Associação Internacional de Boxe, organizadora do evento, é o russo, Umar Kremlev.
O Brasil terá uma delegação de 7 atletas, sendo que apenas Beatriz Soares nos 70kg, não disputará uma categoria olímpica. As escolhidas foram Caroline Almeida- 50kg, Tatiana Chagas- 54kg, Jucielen Romeu- 57kg, Beatriz Ferreira-60kg, Barbara Santos 66kg e Viviane Pereira 75 kg.
O grande nome do boxe feminino brasileiro e uma das principais atletas do mundo é Beatriz Ferreira. Ela foi campeã mundial em 2019 e vice em 2022, quando perdeu para a americana Rashida Ellis. Além disso, Bia foi prata na Olimpíada de Tóquio, perdendo a decisão para a irlandesa Kellie Harrington. É a atual líder do ranking e também atua no boxe profissional. Bia inclusive, deve disputar sua última Olimpíada em 2024.
Sem as duas rivais devido o boicote, Bia entrará como favorita ao ouro nos 60kg. No mês de fevereiro ela venceu o difícil torneio da Bulgária. A principal adversária no mundial deve ser a indiana que lutará em casa, Simra Baath. As duas fizeram luta muito disputada no torneio da Bulgária, mas a brasileira acabou vencedora. Vale ficar de olho também nas duas medalhista de bronze do mundial passado: a italiana Alessia Messiano e atleta de Kosovo, Donjeta Sadiku.
Outras expectativas para o Brasil conseguir medalhas no mundial são Caroline de Almeida, bronze no mundial em 2022 e Jucielen Romeu que disputou a última Olimpíada e ficou a uma vitória da medalha no último mundial.
O boxe participa do programa olímpico desde 1904 e agora está ameaçado de sair do programa pelas divergências entre o Comitê Olímpico Internacional e a IBA, Associação Internacional de Boxe. A modalidade pode inclusive ficar fora de Paris 2024 e já não aparece para Los Angeles 2028. O COI, questiona a transparência financeira e a integridade dos processos de arbitragem e julgamento da IBA. As duas entidades divulgaram critérios diferentes de classificação para a próxima Olimpíada, atrapalhando a preparação dos atletas.
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