Já podemos considerar Bia Ferreira um novo fenômeno do esporte olímpico brasileiro. Neste domingo, ela conseguiu pela terceira vez uma medalha em campeonatos mundiais de boxe feminino. Depois do ouro em 2019, prata em 2022, novamente chegou ao título em 2023, na edição realizada na Índia.

Em 2020 e 2021 o mundial não foi disputado devido à pandemia de Covid. Além disso, Bia Ferreira foi vice campeã olímpica em Tóquio. Desde que apareceu no cenário internacional em 2017, Bia é presença constante em todos os pódios.

A campanha para o bicampeonato mundial foi impecável. As quatro lutas foram vencidas pela brasileira por decisão unanime dos árbitros. Na semifinal a brasileira derrotou a sul-coreana Oh Yeon-ji, adversária que a havia eliminado no mundial 2018. Na final, Bia superou a colombiana sensação do evento, Angie Valdez, que havia eliminado a francesa Estelle Mossely, campeã olímpica de 2016. Desde o primeiro round a brasileira abriu vantagem. Somente no segundo round encontrou alguma dificuldade. Mas com uma vantagem no placar, administrou a vitória, novamente por 5 a 0.

O Brasil também conseguiu um bronze no mundial com Barbara Santos, na categoria 70kg. A categoria não é olímpica, mas Bárbara poderá tentar vaga para Paris nos 66kg ou 75kg. Vale destacar também Jucielen Romeu nos 57kg. Ela parou nas quartas de finais, novamente derrotada por uma atleta que acabaria campeã mundial como em 2022. Desta vez ela perdeu da italiana Irma Testa. Jucielen será outro bom nome para buscar medalha olímpica, assim como Beatriz Soares.

Bia Ferreira chegará como candidata ao ouro olímpico em Paris 2024. A sua principal rival deve ser a irlandesa Kellie Harrington, que a derrotou na final de Tóquio e que não disputou este mundial. Outra que derrotou Bia, na final do mundial 2022, é a americana Rashida Ellis. A Olimpíada de Paris pode ser a última de Bia Ferreira, já que ela pretende se dedicar ao boxe profissional.

Na Olimpíada de Paris serão 6 categorias olímpicas do boxe feminino, uma a mais em relação a 2020.