
Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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Em julho teremos o mundial de esportes aquáticos no Japão. Ao contrário do que aconteceu em 2022, desta vez o Brasil não vai participar no polo aquático, com suas seleções masculina e feminina. O país está longe de ser uma potência na modalidade, mas o anúncio feito pela Confederação de Desportos Aquáticos tira a possibilidade de vários atletas disputarem a mais difícil competição.
Neste mês de abril, aconteceu uma Copa América sem os Estados Unidos, na cidade de Bauru, valendo duas vagas em cada gênero para o mundial. Nossas seleções perderam do Canadá, mas superaram a Argentina, garantindo as vagas.
Na última terça-feira, 18 de abril, aconteceu o sorteio dos grupos do mundial, com a presença do Brasil. Porém na quarta-feira, a Confederação soltou um comunicado anunciando a desistência. Segundo a entidade, as verbas que seriam gastas neste mundial, serão aplicadas nas seleções sub-20 que também irão a mundiais e na preparação das seleções adultas com amistosos na Europa no 2º semestre, visando os Jogos Pan-americanos, que darão vaga olímpica.
Caso disputasse o mundial, o Brasil certamente sofreria como de costume algumas goleadas de potências da modalidade, como Croácia e Hungria no masculino, Grécia e Itália no feminino na 1º fase. Porém, o evento tem sempre um torneio de consolação, com disputas do 9º ao 16º lugares. Neste caso, o Brasil enfrentaria seleções que teria alguma condição de vencer, como África do Sul, Cazaquistão, China e o próprio Canada.
Do jeito que foi feito fica a incógnita. Quais seleções europeias toparão fazer amistosos contra o Brasil antes do Pan em outubro? Será que a Confederação conseguirá mesmo, equipes que não são tops, mas também não são tão fracas, tais as que temos no nosso continente como Peru e Venezuela?
Os Jogos Pan-americanos só dão vaga olímpica aos campeões. No feminino, os EUA são a maior potência da modalidade e devem se garantir em Paris pelo mundial, com uma das duas vagas. Então sobraria ao Brasil a missão de tentar derrotar o Canadá. No masculino tarefa mais difícil pois americanos e canadenses devem estar em Santiago.
Eu acho triste um país como o Brasil, que fez duas ótimas Olimpíadas seguidas, não ter condição financeira para mandar sua seleção principal de um esporte coletivo para um mundial, um ano antes da Olimpíada.
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