
Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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Segue o mundial de vela na Holanda, com mais de 1200 atletas. A competição envolve as 10 classes olímpicas e distribui 107 vagas para Paris 2024. As classes da vela costumam ter seus mundiais em separado, mas este evento, que costuma ocorrer a cada quatro anos, está na sua 6º edição. As demais vagas olímpicas serão preenchidas nos mundiais de cada classe e competições continentais, como os Jogos Pan-americanos.
A delegação brasileira foi definida por critérios técnicos e pelo ranking mundial de cada classe. A principal chance de medalha e vaga olímpica antecipada está com a dupla bicampeã olímpica da 49er, Martine Grael/ Kahena Kunze. Este ano elas conseguiram medalhas nos 3 eventos mais importantes que disputaram: prata no evento teste, ouro na semana de Sofia e bronze na semana de Hyeres. Nas primeiras 6 regatas, as brasileiras não começaram bem, estando em 17º lugar. São previstas 15 regatas, além da Medal Race. Pelo histórico, as brasileiras podem recuperar a pontuação e brigar por pódio. A 49er dará 10 vagas olímpicas neste mundial.
Em duas classes que estreiam na Olimpíada, o Brasil pode surpreender: Bruno Lobo no kitesurfe foi 5º colocado no evento teste. Já Mateus Isaac na IQFoil foi bronze este ano na semana de Hyeres e 6º no Princesa de Sofia no ano passado. São 11 vagas olímpicas em disputa na IQ Foil e 8 no Kitesurfe.
Na classe 49er masculina, o Brasil tem a mesma dupla que esteve em Tóquio e acabou em 16ª lugar: Marco Grael e Gabriel Borges. Na Laser, classe que o Brasil teve por muitos anos Robert Scheidt, volta a contar com o experiente Bruno Fontes, 44 anos, que participou das Olimpíadas de Pequim 208 e Londres 2012. Na Laser Radial feminina a representante é Gabriella Kidd. Nesta classe o Brasil não classificou para a última Olimpíada.
A classe 470, em que o Brasil já teve algum destaque, agora é mista. A dupla principal do Brasil é formada por Rodrigo Duarte/Ana Barbachan. Ana já disputou 3 Olimpíadas. Outras duas duplas experientes nesta classe: Henrique Haddad/ Isabel Swan e Fernanda Oliveira/ Rodolfo Striebel. A Nacra 17, também categoria mista, tem João Bulhões/Marina Arndt e Samuel Albrecht/ Gabriela Nicolino Sá buscando as vagas para Paris.
A vela brasileira já teve fases melhores. As mudanças nas classes olímpicas como as saídas da Star, Finn e 470 feminina não foram benéficas para nosso país. Mesmo assim, a expectativa é que neste mundial, o Brasil conquiste pelo menos 3 das 107 vagas olímpicas em disputa.
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