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Brasil conquista duas medalhas no mundial de judô
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Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo

Brasil conquista duas medalhas no mundial de judô

Prata de Daniel Cargnin e bronze da sensação Shirlen Nascimento na Hungria
Durante a competição, Shirlen derrotou a atual campeã do peso leve e vice-campeã olímpica em Paris (Foto: Di Feliciantonio Emanuele/ijf)
Foto: Di Feliciantonio Emanuele/ijf Durante a competição, Shirlen derrotou a atual campeã do peso leve e vice-campeã olímpica em Paris

Nesta semana tivemos o Mundial de judô na Hungria, evento realizado anualmente. O Brasil conseguiu duas medalhas: prata de Daniel Cargnin nos 73kg e bronze de Shirlen Nascimento nos 57kg. A média do Brasil nos mundiais é de duas ou três medalhas. Ano passado, saímos zerados, porém não levamos força máxima. Meses depois conseguimos quatro medalhas na competição que realmente importava, os Jogos Olímpicos.

Daniel Cargnin, medalhista olímpico de bronze em 2020, foi o grande destaque. Em Paris ele não competiu no melhor de sua forma física. Recuperado agora, fez um Mundial com cinco vitórias, incluindo uma sobre o japonês Tatsuki Ishihara. Derrota apenas na final para o francês Joan Gaba. Foi a segunda medalha dele em mundiais, pois tinha sido bronze em 2022. Cargnin e o medalhista olímpico de Paris, William Lima — que não competiu neste Mundial —, são os dois grandes nomes do judô masculino do Brasil hoje.

A agradável surpresa ocorreu nos 57kg feminino, categoria que consagrou Rafaela Silva. Shirlen Nascimento, 25 anos e apenas 1,57m, faturou o bronze. Já na estreia bateu a vice-campeã olímpica Mimi Hun, da Coreia do Sul. Mesmo perdendo nas quartas, venceu duas lutas na repescagem para subir ao pódio.

A campeã olímpica Bia Souza não foi bem. Eliminada na segunda luta pela croata Helena Vukovic, com poucos resultados expressivos na carreira. Bia aproveitou, de forma justa, o momento do incrível ouro em Paris para lucrar financeiramente com sua imagem. Só competiu em um Grand Slam este ano. Com o resultado negativo, deve voltar a focar na carreira.

Outros bons resultados do Brasil: Rafaela Silva, agora nos 63kg, ficou a uma vitória do bronze, mesma situação de Nauana Silva, na mesma categoria. Outro que ficou a uma vitória da medalha foi Michel Augusto nos 60kg. Nos 78kg, que por décadas teve Mayra Aguiar, surgem dois nomes que conseguiram ficar na zona de medalhas no Mundial: Karol Gimenez e Beatriz Freitas.

Na competição por equipes, em que o Brasil foi bronze na Olimpíada, desta vez perdemos para a Alemanha no segundo duelo e depois para o Japão na disputa do bronze. O Mundial terminou com a liderança japonesa, com seis medalhas de ouro. Em seguida, os atletas da Rússia com três, Itália e Geórgia, duas. A potência França, com apenas um ouro e quatro medalhas foi a decepção. Muitos campeões olímpicos não disputaram esse mundial, o primeiro do novo ciclo olímpico.

Foto do Marcelo Romano

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