
Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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O Brasil sediou nesta semana, no Rio de Janeiro, o Campeonato Pan-Americano de esgrima, reunindo competições no sabre, no florete e na espada. Nosso país encerrou as disputas individuais com dois bronzes, com Isabela Carvalho no sabre e Alexandre Camargo na espada. No Pan-Americano, os EUA, mesmo sem força total, são a grande potência do continente e venceram 5 das 6 disputas individuais. Canadá, Venezuela e Argentina também estão à frente do Brasil.
Nossa esgrima não conta mais com sua maior estrela na história, Nathalie Moellhausen, campeã mundial em 2019. Ela ainda não anunciou oficialmente a aposentadoria do esporte, mas, aos 39 anos, se recupera de um grave problema de saúde, diagnosticado ano passado.
Isabela Carvalho, de apenas 20 anos, foi a boa surpresa brasileira no Pan. Ela é apenas a número 269 do ranking. Na fase de classificação do evento venceu 5 de 6 duelos. No mata-mata passou por três adversárias até perder a semifinal para a americana Maia Chamberlain, 22 do mundo, que acabaria campeã. Foi o primeiro Pan no adulto de Isabela. Na categoria júnior, ela chegou a ser 42ª do ranking.
Já Alexandre Camargo, 26 anos, na espada masculina, repetiu o bronze do campeonato continental de 2017 e dos Jogos Pan-Americanos de 2023. Na fase de classificação venceu todos os cinco duelos. No mata-mata, superou mais três adversários até cair para o experiente venezuelano Rúben Limardo, que já foi campeão olímpico em 2012, por 9 a 8 na semifinal. Alexandre ocupa apenas a posição 151 do ranking mundial.
Os dois atletas que representaram o Brasil na Olimpíada de Paris, além de Nathalie, terminaram sem medalhas. Mariana Pistoia, na espada, parou nas oitavas de final. O experiente Guilherme Toldo, que tem quatro Olimpíadas no currículo, chegou até as quartas de finais no florete. Aos 32 anos, Toldo segue competindo para tentar chegar aos Jogos de Los Angeles-2028.
Hoje, o melhor brasileiro no ranking mundial de esgrima é justamente Guilherme Toldo em 25º lugar. A partir de 22 de julho tem Mundial na Geórgia. Se algum brasileiro terminar entre os 20 melhores já será um bom resultado.
A expectativa a curto prazo é tentar classificar pelo menos três atletas para a Olimpíada de 2028, repetindo 2024. Sonhar com medalha olímpica ou de mundial em breve está fora de cogitação para a esgrima brasileira.
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