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Brasil vice na Americup de basquete feminino
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Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo

Brasil vice na Americup de basquete feminino

Com o resultado, seleção terá de encarar um torneio eliminatório mundial se quiser voltar a Copa do Mundo após 12 anos

Semana passada a seleção brasileira de basquete feminino disputou a Americup, torneio com 10 seleções do Continente. Além do titulo, o campeão garantiria vaga direta na Copa do Mundo de 2026, na Alemanha. O Brasil fez uma boa campanha, mas, na decisão, acabou perdendo para a seleção dos EUA, que atuou com um time universitário.

Na 1º fase, o Brasil superou sem maiores dificuldades, Argentina, República Dominicana e El Salvador. No jogo mais complicado, bateu o Canadá por 9 pontos. Nas quartas de final, um susto contra o frágil México. A partida chegou a estar empatada no terceiro período, mas o Brasil reagiu para vencer no último. Na semifinal, a melhor atuação no campeonato, com vitória arrasadora sobre a Argentina por 40 pontos.

Na decisão contra as universitárias americanas, o Brasil manteve o jogo equilibrado até o último período. O placar era de 66 a 65 para a seleção. Mas nos momentos decisivos, as americanas abriram vantagem para fechar em 92 a 84. Era um jogo vencível que o Brasil deixou escapar.

Um dos fatores para a derrota para os EUA: dos 84 pontos do Brasil, apenas três jogadoras foram responsáveis por 78: Damiris com 35, Kamilla, 19 e Bella, 24. Outras sete atletas só contribuíram com seis pontos. Nem nas décadas de 1980 e 1990m com Paula e Hortência, se via algo parecido.

Também pesaram as duas faltas cometidas pela pivô brasileira da WNBA Kamilla Cardoso, logo no começo do jogo, que a tiraram muito tempo de quadra, facilitando para as pivôs americanas. Nas estatísticas do campeonato, a experiente Damiris terminou como cestinha com 21,4 pontos por jogo. A boa notícia para o Brasil foi o desempenho da armadora Bella Nascimento. Estreando na seleção, foi a quarta maior pontuadora do campeonato e a segunda melhor em arremessos de 3 pontos.

A Copa do Mundo reunirá 16 seleções. Já têm vaga a Bélgica, campeã europeia, Alemanha, país-sede, e EUA pelo título continental. Os campeões da Ásia e da África também se garantem. As demais 11 vagas serão definidas em um pré-mundial. Resta torcer para que o sorteio não coloque o Brasil diante de algumas potências europeias como Sérvia, França e Espanha. Pelo que apresentou na Americup, dá para o Brasil se classificar para a Copa do Mundo. Nas duas últimas edições, 2018 e 2022, a seleção feminina ficou de fora.

Foto do Marcelo Romano

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