
Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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Na última sexta-feira, mais um momento histórico do esporte brasileiro. Na prova de marcha atlética de 20 km, Caio Bonfim se tornou apenas o terceiro brasileiro na história a conquistar um ouro em mundiais de atletismo. Caio superou 47 adversários para vencer a prova. No programa olímpico, a disputa se dará em 21 km. Na semana passada, Caio foi prata na prova de 35 km, não olímpica.
Caio começou a prova no pelotão intermediário. Com 3 km, era o 24º. Nos 10 km, aparecia em 11º. Aos 14 km assumiu a liderança, mas aos 16 km caiu para 8º. A arrancada para o ouro começou faltando 2 km. O espanhol Paul Macgrath, que liderava, sentiu o esforço e caiu para o 3º lugar. Caio atropelou o chinês Zhaozhao Wang e assumiu a liderança no quilômetro final, com um preparo físico absurdo.
O sempre simpático Caio Bonfim tem 34 anos. Começou a colecionar bons resultados a partir do 4º lugar na Olimpíada de 2016. Depois, foi bronze no Mundial de 2017, 6º no Mundial de 2021 e novamente bronze em 2023. Só não foi bem na Olimpíada de Tóquio. Porém, na Olimpíada do ano passado, a tão sonhada medalha chegou, com a prata. Para quem achava que ele iria se aposentar, engano. Um ano depois, consegue resultados ainda melhores, com um ouro e uma prata no Mundial, coroando uma temporada de várias medalhas no circuito internacional.
Os mundiais de atletismo são disputados desde 1976 e, antes do ouro de Caio, o Brasil só tinha subido ao lugar mais alto do pódio com Fabiana Murer, no salto com vara em 2011, e Alison dos Santos, em 2022, nos 400m com barreiras.
O Brasil termina o mundial com as duas medalhas de Caio e a prata de Alison dos Santos, outro fenômeno brasileiro. Correu para o gasto nas eliminatórias e semifinal dos 400m com barreiras, mas, assim como na Olimpíada, deu o máximo na final. Só ficou atrás do campeão olímpico Rai Benjamin. A boa notícia é que o americano anunciou que não deve mais correr essa prova. Alison dos Santos tem só 25 anos, duas medalhas de bronze em Olimpíadas, um ouro e uma prata em mundiais.
Outros brasileiros, dos quais se esperavam bons resultados, decepcionaram. No lançamento do dardo, Luiz Maurício, que tinha a segunda marca do ano, com 91 metros obtidos no Troféu Brasil, não passou de 81,12 m e sequer avançou à final. No salto com vara feminino, Juliana Campos fez uma boa eliminatória, saltando 4,60 m. Mas, na final, errou as três tentativas em 4,45 m. No salto triplo, Almir dos Santos, finalista olímpico, não conseguiu avançar entre os 12 melhores para a decisão.
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