
Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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Um Mundial masculino de vôlei maluco, com resultados inesperados, foi disputado nessas duas últimas semanas, nas Filipinas.
O torneio de 32 seleções teve, na primeira fase, três favoritos ao top-8 eliminados: Japão, França e Brasil. A Bulgária, que há algum tempo não conseguia um resultado importante, acabou com o vice-campeonato. A República Tcheca, que sequer joga a Liga das Nações, ficou em 4º.
A única lógica foi o bicampeonato da Itália, que figurava entre os favoritos, porém, com uma derrota para a Bélgica na primeira fase.
O Brasil dificilmente terá, nas próximas edições, um sorteio tão fácil como o deste Mundial. Vindo de uma surpreendente medalha de bronze na Liga das Nações, tinha tudo para chegar à semifinal. Estreou com uma vitória de 3 a 1 sobre a China. No segundo jogo, arrasou a República Tcheca, que acabaria em 4º lugar, por 3 a 0. Mas veio o fatídico jogo contra a Sérvia.
Neste dia, a mãe do treinador Bernardinho faleceu. Mesmo assim, o vitorioso comandante resolveu ficar no banco de reservas. O Brasil só precisava vencer um set diante da Sérvia, que havia sido derrotada por 3 a 0 pela República Tcheca, para se classificar.
Mas o time, abalado emocionalmente pelo episódio com o técnico e com confiança demais, tomou um 3 a 0. Em nenhum momento do jogo o Brasil conseguiu estar à frente. Em todos os sets, os sérvios colocaram vantagem e fecharam. Atuações fracas de Lucarelli, Flavio e Alan, pouco substituídos durante a partida.
A única chance do Brasil avançar de fase seria a China vencer ao menos um set contra os tchecos. Mas, com time reserva, a China tomou um 3 a 0. O Brasil terminou o Mundial em 17º lugar, a pior colocação da história.
A primeira fase do Mundial apresentou várias zebras. A França, atual bicampeã olímpica, perdeu para Finlândia e Argentina, repetindo o vexame do Brasil. Mesma situação do Japão, top-6 na Liga das Nações, que perdeu para Turquia e Canadá. A boa seleção de Cuba perdeu a vaga para o esforçado time de Portugal.
Apesar do vexame num dia atípico, considero uma boa evolução da seleção masculina, após ficar sem medalha na Olimpíada. O bronze na Liga das Nações, com vitórias sobre Itália, Polônia e Eslovênia, não podem ser desprezadas. Novos nomes, como Judson, Arthur, Lucas Bergman e Darlan, devem amadurecer nos próximos anos e conseguir colocar o Brasil novamente na briga por medalhas.
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