
Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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Nesta semana tivemos o Mundial de canoagem slalom, competição anual, disputada desta vez na Austrália. O Brasil levou seus principais atletas e faturou medalha de bronze com a incansável Ana Sátila na prova de canoa individual. Aos 29 anos e com quatro Olimpíadas no currículo, ela disputou as três provas olímpicas: canoa, caiaque e caiaque Cross, assim como nos Jogos de Paris-2024.
Este ano, Ana Sátila passou por uma crise renal e não disputou três etapas da Copa do Mundo. Porém, no Mundial, se mostrou recuperada fisicamente. Na prova de canoa, enfrentando 49 adversárias, obteve a segunda medalha dela nesta prova em mundiais. Tinha sido bronze no de 2017.
Para chegar ao pódio, Ana foi 13ª na eliminatória, terceira na semifinal e novamente terceira na final com o tempo de 110s98. Teve 2 segundos de acréscimo de penalização finalizando com 112s98. O ouro foi da polonesa Klaudia Zwolinska com 108s48. A prata foi da russa Alou Minazova com 112s88.
Ana também competiu no caiaque e finalizou na sétima posição. A prova também foi vencida pela polonesa Zwolinska, algo não muito comum na modalidade. No caiaque Cross, Sátila chegou até as quartas de final. Já na prova contrarrelógio do caiaque Cross, que não é olímpica, Ana também foi medalhista de bronze.
Em Mundiais, provas olímpicas, Sátila tem quatro medalhas: duas na canoa e duas no Cross. Desde 2015, em etapas de Copa do Mundo, ela soma 18 pódios. Justamente no caiaque, em que não tem medalha em Mundiais, Ana conseguiu o melhor resultado em Olimpíadas, o quarto lugar em Paris. A Olimpíada de Los Angeles deve ser a derradeira para a brasileira, que espera finalmente subir no pódio olímpico. Poucos atletas brasileiros no mundo merecem tanto quanto ela.
O Brasil teve outros representantes neste mundial de slalom: Pepe Gonçalves foi 12º no caiaque Cross, Charles Correa 25º na canoa, Omira Estacia 26º no Cross e Mathieu Desnos 19º no caiaque.
Um dos destaques internacionais do Mundial foi o britânico Joe Clarke que venceu pela quarta vez seguida a prova de Cross. Em uma disputa com tantas colisões e desclassificações é um feito notável. Curiosamente, Joe ficou com a prata na Olimpíada, atrás do neozelandês Finn Butcher. Outro grande nome da modalidade, a australiana Jessica Fox, dona de seis medalhas olímpicas, não participou deste Mundial pois se recupera de uma cirurgia.
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