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Marcus D’Almeida é vice-campeão na etapa final da Copa do Mundo
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Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo

Marcus D’Almeida é vice-campeão na etapa final da Copa do Mundo

Com virada espetacular sobre francês, arqueiro brasileiro chega à final e conquista mais um ótimo resultado
Marcus D’Almeida representa o Time Brasil no tiro com arco nas Olimpíadas. (Foto: Miriam Jeske/COB)
Foto: Miriam Jeske/COB Marcus D’Almeida representa o Time Brasil no tiro com arco nas Olimpíadas.

Na madrugada desse domingo, na China, aconteceu a etapa final da Copa do Mundo de tiro com arco. Ela reuniu os oito melhores atletas da temporada, ou seja, quem mais somou pontos em quatro etapas realizadas ao longo do ano. Os sul-coreanos não participaram.

O brasileiro Marcus D’Almeida, líder do ranking mundial e que havia ganho a etapa da Turquia, venceu dois duelos e conquistou a medalha de prata.

O formato de disputa foi mata-mata. Marcus estreou contra o francês Baptiste Addis e o confronto foi dramático. O europeu chegou a estar vencendo por 5 a 1. Um simples empate no round 4 eliminaria o brasileiro. Mas Marcus venceu os 2 rounds seguidos, por 28 a 27 e 29 a 28. Com 5 a 5, foram para a flecha desempate. O brasileiro acertou o alvo no 10, e o francês, pressionado, só obteve 9.

Na semifinal, outro francês, Thomas Chibalt. Marcus perdeu o 1º round, mas conseguiu uma rápida virada para 6 a 2. Detalhe: os dois franceses eliminados por Marcus foram medalhistas olímpicos de prata, ano passado, pela equipe francesa.

Na final, Marcus enfrentou um velho conhecido continental, o americano Brady Ellison, atual vice-campeão olímpico e bronze na Rio-2016. O brasileiro chegou a abrir 3 a 1, mas, desta vez, foi quem tomou a virada para 6 a 4, terminando com a medalha de prata.

Marcus D’Almeida segue com uma regularidade impressionante. Este ano, ele venceu a etapa da Turquia da Copa do Mundo, em junho; foi 6º na etapa da Espanha, em julho; chegou às oitavas de finais nos EUA, em abril; e na China, em maio. Além disso, o brasileiro foi vice-campeão mundial, batendo o atual campeão olímpico, Kim Woojin, nas oitavas de finais.

Na carreira do arqueiro brasileiro só falta a medalha olímpica. Ele já esteve em três Olimpíadas, mas não passou das oitavas. Aos 27 anos, tendo começado a competir em alto nível ainda adolescente, ele soma três medalhas em campeonatos mundiais (prata em 2021 e 2025 e bronze em 2023). Em etapas finais de Copa do mundo, foi a quarta medalha: prata em 2014 e agora 2025, ouro em 2023 e bronze em 2024.

No feminino, o Brasil termina o ano sem uma top-20 no ranking. Ana Caetano, que fez uma ótima Olimpíada, chegando às oitavas de finais, é a melhor colocada, em 31ª. Depois, Isabelle Trindade, 62ª, e Ana Machado, 89ª. No ranking mundial masculino, depois do líder Marcus, o melhor brasileiro é Matheus Zwick, em 90º. Sem outro atleta com bom nível, o Brasil não consegue disputar medalhas por equipes e duplas.

Foto do Marcelo Romano

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