Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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Nesta semana tivemos o Mundial de ginástica artística na Indonésia, apenas com disputas individuais. Nas sete provas masculinas e cinco femininas, o Brasil não conseguiu medalha. Desde 2017 isso não acontecia. O evento é disputado anualmente, exceto em anos olímpicos. O grande nome do nosso país na história da modalidade, Rebeca Andrade, não participou.Ela optou por se recuperar física e mentalmente após o sucesso na Olimpíada 2024.
O melhor resultado do Brasil foi o quarto lugar de Flávia Saraiva na trave de equilíbrio, aparelho mais imprevisível do feminino. Na fase de classificação, a brasileira foi a segunda colocada com 13.833 de nota. Na final, até melhorou a nota para 13.900, mas insuficiente para o pódio. A japonesa Aiko Sugihara fez 14.166 para o bronze. O ouro foi da chinesa Zhang Qingying, com 15.166.
No feminino nenhuma brasileira competiu no individual geral, em que é necessário disputar os quatro aparelhos. A expectativa era de desempenhos melhores de Júlia Soares e Julia Coutinho no solo. Mas sequer ficaram entre as 40 melhores. Sophia Weisberg, estreando em mundiais, foi 26ª no salto.
No masculino, o melhor resultado foi de Caio Souza nas argolas com a sexta colocação, único a pegar final em aparelhos. Caio também foi à final do individual geral terminando em nono. Diogo Soares, na mesma prova, foi 17º. Os dois são bem regulares em todos os aparelhos e costumam ficar no top-20. Arthur Nory, que já foi campeão mundial na barra fixa, terminou em 11º.
Apenas 11 países conquistaram medalhas neste Mundial. A China terminou na liderança do quadro com três ouros. O principal nome do feminino foi a russa Angelina Melnikova. Ela venceu o individual geral e o salto, além da prata nas assimétricas. Ela tinha sido campeã em 2021, mas devido à suspensão de seu país de competições esportivas, não pôde disputar mais. No masculino, o melhor ginasta do mundo segue sendo o japonês Daiki Hashimoto. Foi o terceiro título dele, que também foi campeão olímpico em 2020.
O Mundial mostrou que, para o Brasil brigar por pódio, precisa do retorno de Rebeca Andrade, mesmo se não competir em todos os aparelhos. Flávia Saraiva seguirá com chances de brigar na trave e no solo. Outras jovens atletas ainda estão longe do topo. No masculino, não temos nenhum especialista em aparelhos como já ocorreu com Arthur Zanetti e Arthur Nory. Caio Souza, bem fisicamente e melhorando no cavalo com alças, pode sonhar com top-5.
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